Adversários nas eleições, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) e o governador Paulo Câmara (PSB) concordaram nesta terça-feira (21) com um projeto: o Arco Metropolitano.
Os dois defenderam a estrada que deve ligar a fábrica da Jeep, em Goiana, ao Porto de Suape, como solução para o gargalo na BR-101. “Vamos cobrar muito do governo federal essa solução definitiva”, afirmou Paulo Câmara (PSB), seguindo as críticas à gestão de Michel Temer (MDB).
O socialista voltou a propor a construção de um miniarco contornando Abreu e Lima. “Nosso intuito é de fazer uma concessão.
A empresa vai ter o direito de cobrar pedágio”, disse. “Três empresas estudaram, mas o momento de crise do crédito impediu”.
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Armando Monteiro também não informou prazos e disse que ainda faria a análise das condições econômicas. “Quando chega a Abreu e Lima a BR-101 vira uma rua”, reclamou. “A Paraíba está se apropriando de ganhos que poderiam ser de Pernambuco pela ausência de infraestrutura que o Arco Metropolitano ensejaria”.
O petebista ainda falou em realizar um plano emergencial de recuperação de estradas.
Em sete anos, o Governo do Estado chegou a elaborar projetos para o Arco, mas, quando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) assumiu a proposta, problemas com os direitos autorais do projeto de concessão restringiram os dados à versão antiga, o que motivou uma volta a um estágio inicial dos estudos.
O custo inicial era de R$ 1,7 bilhão, como uma Parceria Público-Privada (PPP) e passou para R$ 1,34 bilhão quando foi anunciada uma licitação que não chegou a se concretizar, na inauguração da Jeep.
Agora, o projeto não é sequer do interesse da União.