Estadão Conteúdo - Denunciado na Operação Lava Jato, o candidato a deputado federal Cândido Vaccarezza (Avante-SP) afirmou a que a acusação contra ele “se baseia numa delação premiada de uma única pessoa”.
Em mensagem a amigos, o ex-líder dos Governos Lula e Dilma na Câmara escreveu que tem “condições de disputar e ganhar as eleições”. “Amigos.
O MP me denunciou ontem.
Como vocês sabem esta denúncia se baseia numa delação premiada de uma única pessoa, não tem prova, não tem movimentação financeira, não tem enriquecimento ilícito.
Sou inocente e vou provar a minha inocência.
Temos condições de disputar e ganhar as eleições.
Vamos fazer a campanha sem medo e com a certeza da vitória.
O Brasil tem jeito e serei a voz da nossa base em Brasília.
Nunca vou decepcionar nenhum de vocês.
Forte abraço.
Vaccarezza”, escreveu.
O ex-deputado foi preso em agosto do ano passado na Operação Abate, 44.ª fase da Lava Jato.
O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar Vaccarezza, que alegou “problemas de saúde”, mas com imposição de seis medidas cautelares.
Uma delas, a fiança de R$ 1,5 milhão.
Vaccarezza deixou a cadeia sem pagar o montante.
Na terça-feira, 14, Moro deu um ultimato ao ex-deputado: prazo de cinco dias para o ex-parlamentar acertar as contas.
Em julho, mesmo devendo R$ 1,5 milhão, Vaccarezza criou uma lista no WhatsApp para arrecadar valores para sua campanha a deputado federal.
A “vaquinha” de Vaccarezza foi revelada pela reportagem do Estadão.
Na quarta-feira (15), o ex-deputado e mais nove investigados foram denunciados por formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro, em suposto esquema de corrupção relativo ao fornecimento de asfalto pela empresa americana Sargeant Marine à Petrobras.
A acusação é resultado de investigações que começaram com um relato do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, em acordo de colaboração celebrado com o Ministério Público Federal.