No primeiro evento de campanha com a militância do PSB nesta quinta-feira (16), governador Paulo Câmara (PSB) respondeu às críticas feita pelo ex-governador João Lyra (PSDB).

Respondendo João Lyra que disse que “Paulo tenta justificar o injustificável", o governador foi direto e alfinetou Lyra. “Não gosto de responder um ex-governador como João Lyra, mas eu acredito que ele tá com um certo rancor, com uma certa frustração que ele sempre teve por não ter sido escolhido por Eduardo e falta de informação.

João Lyra não sabe o que acontece em nosso governo”, disse.

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Na avaliação do ex-governador, o que aconteceu foi à tentativa de Paulo Câmara de evitar o desgaste por ter lutado contra a eleição de Dilma em 2014, ao apoiar Aécio Neves, e de ter trabalhado diretamente para levar Michel Temer ao cargo quando patrocinou o impeachment da ex-presidente dois anos depois. “Paulo tenta justificar o injustificável.

Foi ele, como vice-presidente nacional do PSB e como governador, junto com outros, quem promoveu a chegada de Temer ao Palácio, lutando para derrubar Dilma”, disse João Lyra. “Mas o pior é ter abandonado todo o legado que construímos sob a liderança de Eduardo Campos.

Ele abandonou o Pacto pela Vida, deixou UPAs, hospitais e escolas pela metade, prometeu e não honrou os compromissos que assumiu e, por isso, Pernambuco vive hoje uma situação de paralisia”, acrescentou.

Na avaliação de João Lyra, Paulo Câmara tenta transferir para outros os erros que cometeu e o despreparo para ocupar o cargo.

PDT e “terceira via” Durante o evento, ao ser questionado sobre o PDT ter deixado a base do governo e mesmo assim ainda ter cargos na gestão socialista, o governador disse que governa para o Estado. “Eu trabalho por Pernambuco e o PDT sempre me ajudou, e eu espero que continue a me ajudar, então isso faz parte do contexto, a gente está analisando esses casos, mas o trabalho que está sendo feito na agricultura é um trabalho que tem que continuar”.

Sobre a chapa da “terceira via” - encabeçada por Maurício Rands (PROS) - que para muitos é tida como uma “linha auxiliar” ao Palácio do Campo das Princesas, o socialista disse que trabalha pela unidade. “Nós sempre trabalhamos pela unidade, nós trabalhamos para o PDT estar em nosso palanque, infelizmente isso não foi possível e agora a gente vai puder continuar junto com essa grande frente que a gente fez com PT, MDB e com tantos partidos da base aliada, a gente reunificou as esquerdas e estamos muito satisfeitos com o palanque que a gente montou”.