A mãe do jovem candidato a deputado federal João Campos, Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos, aprovou pessoalmente o jingle, que conta com um aboio de vaqueiro em sua abertura e depois segue com um típico forró nordestino, antes do começo da campanha, na semana passada, no Recife.
No áudio, o herdeiro político da família Campos é apresentado aos eleitores como ‘menino de Eduardo’, como já vem sendo tratado em suas viagens pelo interior de Pernambuco, além de ‘filho da esperança’.
Nesta quinta-feira, no dia em que teve início, oficialmente, a campanha eleitoral em todo o Brasil, o candidato a deputado federal pelo PSB e filho do ex-governador de Pernambuco, João Campos também divulgou em suas redes sociais um vídeo que mostra como será o discurso adotado pelo ‘herdeiro’ do também ex-governador Miguel Arraes, seu bisavô, e de Eduardo Campos na corrida eleitoral de 2018.
LEIA TAMBÉM » Marília Arraes reafirma oposição a Paulo Câmara » Marília Arraes confirma candidatura a deputada federal, após ser barrada pela cúpula do PT » Em áudio misterioso, Miguel Arraes ‘pede’ votos para Paulo Câmara O vídeo resgata imagens de Miguel Arraes e Eduardo Campos.
Este último aparece entoando a frase que ficou marcada na memória dos brasileiros: “não vamos desistir do Brasil”, dita ao fim da entrevista ao Jornal Nacional na véspera da sua morte.
Também aparece o cortejo do caminhão do Corpo de Bombeiros com o corpo de Eduardo. “O homem não morre quando seu trabalho permanece” é narrada antes de aparecer o rosto de João Campos e o seu número na sua primeira campanha a deputado federal dele.
Além do vídeo, que traz um elemento histórico garantindo a João ‘biologicamente’ a herança do legado de seu pai e de seu bisavô, o Blog de Jamildo teve acesso ao jingle que embalará a campanha do herdeiro de Eduardo e de Arraes.
Na música, João Campos é apresentado ao estado de Pernambuco como “filho da esperança” e “menino de Eduardo”. “Muito prazer sou filho da esperança, aprendi desde criança a nunca desistir, seja do sonho, projeto ou andança eu sei que só avança quem sabe persistir.
Muito prazer sou menino de Eduardo, quero andar por esse Estado pisando esse chão, seguindo os passos de meu pai e de Arraes, meu nome é esperança mas pode chamar de João”, diz trecho do jingle da campanha de João Campos.
Confira o jingle Dois integrantes da família disputam a “herança” em 2018, mas estão em lados opostos.
De um lado, Marília Arraes, vereadora do Recife pelo PT e neta de Arraes que chegou à disputa proporcional após meses formando bases para a candidatura ao governo do Estado, minada por um acordo entre petistas e socialistas, a quem faz oposição – e já reiterou que não vai subir no palanque.
Do outro, João Campos (PSB), filho do ex-governador Eduardo Campos e neto de Ana Arraes, que vem preparando a candidatura há quatro anos. » Encontro nacional do PT mantém Marília Arraes fora da disputa » Marília Arraes é aclamada na convenção nacional do PT » Diretório Nacional do PT barra candidatura de Marília Arraes por 59 a 28 votos Em 2014, ambos já poderiam ter sido candidatos ao cargo.
Foi o único ano desde 1990 que a família de Arraes não teve um integrante disputando – e garantindo entre os primeiros lugares – uma cadeira na Câmara dos Deputados.
O nome de João Campos era estimulado por socialistas, mas a mãe, Renata Campos, fazia o movimento contrário por ele ainda estar na faculdade, cursando engenharia civil.
No início de 2016, assumiu o cargo de chefe de gabinete de Paulo Câmara.
João tem hoje 24 anos.
João Campos tem usado a imagem do pai.
Eduardo Campos aparece, por exemplo, nos stories do Instagram, ferramenta em que já publicou vídeos repetindo discursos dele.
Marília também usou o nome do avô, reeditando em suas viagens ao interior o jingle “Arraes tá aí, Arraes tá aí de novo”.
Carta aos Pernambucanos Por João Campos Pré-candidato a Deputado Federal Amigas e amigos, O que me move é a esperança.
Tenho esperança no Brasil.
Tenho fé e crença nas pessoas.
Caminhando por Pernambuco, venho escutando o nosso povo, compreendendo seus anseios e necessidades.
Desde cedo, aprendi com meu pai, Eduardo Campos, que ninguém faz nada sozinho.
Como instrumento da coletividade, acredito que a política é o caminho para transformar o país.
Foi movido pelo espírito público e pela inspiração de líderes como Miguel Arraes e Eduardo Campos que me coloquei à disposição do Partido Socialista Brasileiro (PSB) para dar a minha contribuição na política.
Hoje, atendo ao chamado da Frente Popular para cumprir a honrosa missão de ser candidato a deputado federal.
Com o sentimento do mundo, prometo empenhar as forças pessoais e coletivas para que tenham continuidade as conquistas dos pernambucanos, iniciadas nos governos de Doutor Arraes, intensificadas nos governos de Eduardo Campos e alargadas neste e no próximo governo de Paulo Câmara.
Orgulho-me de ser um defensor deste legado histórico.
Como militante do Partido Socialista Brasileiro (PSB), tomo como base nossa rica história e lanço um olhar largo e carregado de esperança no futuro.
Pernambuco vem avançando nos últimos anos.
E Pernambuco quer mais e merece mais.
Por isso, lutarei pela vitória de Paulo Câmara e de toda Frente Popular.
No Parlamento, como integrante da bancada pernambucana, pretendo orientar meu trabalho para a defesa dos anseios e sonhos do povo.
Trabalharei focado nos interesses maiores do Brasil, mas colocando sempre Pernambuco em primeiro lugar, destacando o nosso povo, especialmente os mais pobres, como minha prioridade absoluta.
Vejo nos olhos dos pernambucanos o desejo de serem representados por gente decente e verdadeira, capaz de lutar por educação de qualidade e geração de emprego.
Gente disposta a engajar a juventude para construir soluções inovadoras para os velhos problemas.
Gente que vê a inclusão como prioridade, o direito à água como fundamental e a cultura como a principal ponte que nos conecta com o passado e o futuro.
Eu aceito o desafio de levantar essas bandeiras.
Vivemos um tempo no qual, mais do que nunca, precisamos de diálogo em todos os campos, mas principalmente na política.
Enfrentar e vencer a crise que vivemos significa lutar a favor da organização popular; da soberania nacional; do desenvolvimento igualitário e da justiça social.
Há muito a fazer, mas não me faltarão coragem e disposição para o trabalho constante e dedicado.
Ouvindo o povo a cada passo – como ensinaram Arraes e Eduardo – construiremos dias melhores.
O futuro é uma estrada aberta ali em frente.
Vamos juntos!