Na segunda-feira passada, dia 13 de agosto, escrevemos aqui o post PDT continua com cargos do Governo até para marido de Isabella de Roldão.

Em síntese, informava que, apesar da ruptura do PDT com a Frente Popular, desembarcando o palanque de reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), o partido, segundo fontes no Governo do Estado, mantém os cargos na administração estadual.

Com destaque para a Secretaria Estadual de Agricultura e os órgãos vinculados, o PDT está mantendo todas as indicações políticas e cargos em comissão.

Até mesmo o marido de Isabella de Roldão, candidata a vice-governadora na chapa de Maurício Rands (PROS), continua com cargo no Governo do Estado.

Segundo fontes no Governo do Estado, Paulo Câmara decidiu manter a “cota” do PDT no Governo do Estado.

Nenhuma exoneração foi publicada no Diário Oficial, até agora, segundo fontes.

O engenheiro Fábio Fiorenzano, marido de Isabella, continua a frente do PRORURAL.

Semana passada, após a esposa se lançar em chapa contra o governador, homologou a contratação da empresa PROCONSULT ( que coincidência de nomes para o fundador do PDT, Leonel Brizola, na apuração das urnas nas eleições de 1982).

Pois bem. “Com os melhores cumprimentos”, Fábio Fiorenzano de Albuquerque nos envia esclarecimentos adicionais importantes para entendimento do tema.

Veja um resumo abaixo. “O PRORURAL é um programa do Governo do Estado de Pernambuco, que atende a um contrato de empréstimo firmado com o Banco Mundial, e portanto requer o atendimento a diretrizes, regras próprias e requisitos técnicos, típico de projetos financiados por organismos internacionais”. “Desde que assumi, implementei ferramentas de compliance, boa governança e ética, como também busquei garantir a padronização e sistematização dos convênios firmados com as Organizações de Produtores Familiares-OPF´s, público alvo do Contrato firmado, sempre com o objetivo de melhorar cada vez mais a gestão do projeto”. “Fui nomeado para o cargo de Diretor Geral do PRORURAL em uma escolha técnica do PDT com o aval do Governo do Estado de Pernambuco, lastreada em minha experiência e qualificação pessoal para a função”. “Minha atuação é estritamente voltada seguindo às exigências do Banco Mundial, sendo este uma entidade de excelência que não permite interferência política”. “Minhas afirmações são corroboradas pela postura que adotei como Diretor Geral, pois em minha gestão nenhuma das Gerências foi modificada, sendo esses cargos ocupados por Servidores Públicos Efetivos do Estado(3) e por Profissionais Liberais(2) sem qualquer vinculação política ao PDT ou a qualquer outro Partido”. “Em resumo, o corpo gerencial é eminentemente técnico e altamente capacitado, nas suas respectivas áreas, para desenvolver suas funções conforme preceituam as diretrizes/regras do Banco Mundial”. “Dessa forma minha permanência no Projeto nada mais é do que uma decisão ponderada da necessidade de continuidade das ações positivas, que venho implementando, independentemente do cenário político, prova esta que elevei os índices de aprovação e rating do projeto em relação ao BIRD”. “Ademais, ressalto que os atos administrativos que pratico como gestor seguem a estrita obediência aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”. “Quanto ao Processo Licitatório ora mencionado, deve ser destacado que seguiu o tramite licitatório regular e padrão, de acordo com as orientações e diretrizes do Banco Mundial.

Houve plena publicação e em nenhuma de suas fases registraram-se questionamentos das empresas participantes”. “Outrossim, a homologação ocorreu na data programada frente ao prazo firmado em planejamento fornecido ao Banco Mundial”.

Processo no TCE e vitória na Justiça No mesmo referido post, o blog relembrou que, “em junho de 2016, o engenheiro foi denunciado no TCE por irregularidades em uma obra em São Joaquim do Monte, reduto eleitoral do sogro, Roldão Joaquim (PDT), ex-conselheiro do próprio TCE. “Identificados como responsáveis pelo superfaturamento acima descrito, os Srs.

Fábio Fiorenzano de Albuquerque, engenheiro que elaborou o projeto, o orçamento estimativo e os boletins de medição”, disse o relator da denúncia, conselheiro Marcos Nóbrega, em seu voto sobre a obra”.

Na época, o engenheiro Fábio Fiorenzano de Albuquerque afirmou ao Blog de Jamildo que considerou “estranho” o resultado do julgamento do TCE e negou todas as irregularidades.

Em março de 2015, Isabella reproduziu em sua rede social duras críticas da sua mãe contra a pessoa de Paulo Câmara, por ele ter exonerado todos os comissionados da ARPE, onde o pai da ex-vereadora era presidente.

Segundo a postagem de Isabella à época, era uma “retaliação” de Paulo Câmara ao fato de Roldão Joaquim, pai da ex-vereadora, não ter apoiado a campanha do governador.

A ex-vereadora e seu pai Roldão Joaquim apoiaram Armando Monteiro para governador, em 2014, contra Paulo Câmara.

Já em abril de 2015, Isabella acusou o prefeito Geraldo Júlio de “ditadura”, ao ser retirada de uma comissão de educação, quando ainda era vereadora. “Parece uma ditadura.

Ninguém pode falar, que é perseguido.

Mas eu não vou me calar”, disse a então vereadora, após o governo municipal lhe retirar de uma comissão de educação.

Na ocasião, o então líder do governo de Geraldo Júlio, vereador Gilberto Alves, respondeu às críticas de Isabella a pessoa do prefeito, dizendo que o mandato dela era “atrabalhoado” e que Isabella era “mentirosa”.

Pois bem.

Fábio Fiorenzano de Albuquerque acrescenta, a título de esclarecimento. “Não procedem as afirmações relativas ao período em que ocupei cargo de fiscal de obra na Prefeitura de São Joaquim do Monte a aproximadamente 13 anos. … constou que fui denunciado no TCE por irregularidades em uma obra em São Joaquim do Monte, chegando-se a transcrever trecho da relatoria do Conselheiro Marcos Nóbrega”. “Não foi noticiado que a Ação decorrente foi julgada improcedente pela 16a Vara Federal de Pernambuco, após as testemunhas arroladas pelo próprio Ministério Público Federal terem, em inquirição, dito que a obra foi perfeitamente executada e que toda a problemática surgiu pela aplicação de tabelas distintas que, na época da emissão do relatório, o TCE não adotava a SINAPI e sim a tabela da EMLURB, mas atualmente a adota também”. “A testemunha chegou a acrescentar, ao ser indagada pelo representante do MPF, que “se realizasse a mesma auditoria hoje, não apontaria o superfaturamento”!” “Importante ressaltar, que ambos os auditores do TCE em testemunho foram firmes ao dizer em resumo que “a obra foi muito bem executada e que normalmente o sistema de abastecimento de água não tem duração e funcionalidade longa, mas o objeto do Convênio levado a cabo por mim, no Município de São Joaquim do Monte, mesmo passado mais de dez anos, ainda abastece os povoados da região e continua em pleno funcionamento”.

Ou seja, não houve superfaturamento, tampouco foi medido e pago algo que não foi executado”. “… requer que seja noticiado os acontecimentos derradeiros, que respaldam a idoneidade da minha conduta e a total ausência de superfaturamento na obra de São Joaquim do Monte, que teve sua legalidade judicialmente reconhecida.

Assim como, não há nada de ilegal na homologação realizada pela minha pessoa na qualidade de Diretor Geral”.

Com os melhores cumprimentos do blog.