O ex-governador do Estado e vice de Eduardo Campos durante oito anos, João Lyra Neto, reagiu de maneira dura à entrevista de Paulo Câmara na rádio Jornal, durante sabatina com Geraldo Freire.

Na sua avaliação, o que aconteceu foi à tentativa de Paulo Câmara de evitar o desgaste por ter lutado contra a eleição de Dilma em 2014, ao apoiar Aécio Neves, e de ter trabalhado diretamente para levar Michel Temer ao cargo quando patrocinou o impeachment da ex-presidente dois anos depois. “Paulo tenta justificar o injustificável.

Foi ele, como vice-presidente nacional do PSB e como governador, junto com outros, quem promoveu a chegada de Temer ao Palácio, lutando para derrubar Dilma”, disse João Lyra. “Mas o pior é ter abandonado todo o legado que construímos sob a liderança de Eduardo Campos.

Ele abandonou o Pacto pela Vida, deixou UPAs, hospitais e escolas pela metade, prometeu e não honrou os compromissos que assumiu e, por isso, Pernambuco vive hoje uma situação de paralisia”, acrescentou.

Na avaliação de João Lyra, Paulo Câmara tenta transferir para outros os erros que cometeu e o despreparo para ocupar o cargo. “Eduardo não ficava se lamentando, culpando as pessoas.

Ele chamava todos nós, ia à luta, enfrentava e resolvia os problemas.

Paulo é o contrário.

Até Estados governados por adversários do Temer, como a Paraíba, a Bahia e o Ceará continuam crescendo, reduzindo a violência e avançando, enquanto Pernambuco parou”.

Além de João Lyra, quem reclamou da fala do governador foi o dpeutado federal Fernando Filho, do Democratas.

O socialista criticou a atuação do ex-ministro de Temer, como estão fazendo os deputados federais do PSB. “Na entrevista que concedeu hoje à Rádio Jornal o governador Paulo Câmara, em todo seu desespero para salvar sua péssima gestão, fez diversas agressões.

A mais grave delas à memória e à compreensão do povo de Pernambuco.

Todos sabem que fui ministro de Minas e Energia do Brasil no pior momento da nossa economia.

Com muito trabalho recuperamos a confiança do setor e hoje a Petrobras está de pé.

Paulo me acusou de fazer um desserviço ao Brasil.

Não passa de oportunismo.

Não faz muito tempo, em julho de 2017 ele disse: “Fernando Filho é um ministro hoje importante, que tem feito um trabalho importante no ministério de Minas e Energia.

Que tem trazido estabilidade para o setor, que estava complicado, mas que hoje está apontando caminhos.

Ele está construindo uma carreira que vai credencia-lo a qualquer cargo, de vice, de senador, de governador no futuro”.

Tanta contradição é o retrato de um governo que gasta mais tempo dando desculpas que fazendo entregas”.

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