No final da sabatina na Rádio Jornal, nesta quinta-feira, o governador Paulo Câmara, candidato à reeleição, aproveitou o desfecho do encontro para bater nos ex-ministro de Temer do Estado. “Raul Jungmann está só.
Não tem como cuidar da intervenção só”, observou, antes de tratar de forma negativa os demais. “Os outros (Mendonça e Bruno Araujo) prometeram o que não podiam”. “O ministro das Minas e Energia (Fernando Filho, ex-ministro) fez um grande desserviço ao Brasil.
Veja a privatização da Chesf e a elevação do preço do gás”, declarou.
Pois bem.
O ex-ministro de Cidades, Bruno Araujo, também respondeu ao governador. “A crise econômica atingiu todos os estados.
Governadores da Bahia, Maranhão, Paraíba fazem oposição ao governo federal.
Mas quem está no último lugar da fila, o estado que menos cresceu no Nordeste nos últimos anos foi Pernambuco.
Essa desculpa não vai colar”, afirmou, nesta tarde, em reação ao comentário do socialista. “Como Ministro das Cidades, garanti o sonho da Casa própria para mais de 100 mil pernambucanos.
Mesmo com toda a crise econômica, investimos R$2 bilhões em obras que beneficiaram 90 cidades do estado.
Fiz a minha parte”, disse Bruno Araujo. “Na época, tanto o governador quanto prefeito Geraldo Júlio viviam elogiando o meu trabalho.
Pena que agora, quando chega o período eleitoral, eles mudam de conversa, esquecem e procuram desviar a atenção das promessas não cumpridas como a não ter implantado o bilhete único, não ter dobrado o salário dos professores, não ter construído hospitais e ter deixado acabar a BR 232, uma estrada que era responsabilidade do estado”, declarou o ex-ministro.
Fernando Filho também respondeu, mais cedo. “Na entrevista que concedeu hoje à Rádio Jornal o governador Paulo Câmara, em todo seu desespero para salvar sua péssima gestão, fez diversas agressões.
A mais grave delas à memória e à compreensão do povo de Pernambuco.
Todos sabem que fui ministro de Minas e Energia do Brasil no pior momento da nossa economia.
Com muito trabalho recuperamos a confiança do setor e hoje a Petrobras está de pé.
Paulo me acusou de fazer um desserviço ao Brasil.
Não passa de oportunismo.
Não faz muito tempo, em julho de 2017 ele disse: “Fernando Filho é um ministro hoje importante, que tem feito um trabalho importante no ministério de Minas e Energia.
Que tem trazido estabilidade para o setor, que estava complicado, mas que hoje está apontando caminhos.
Ele está construindo uma carreira que vai credencia-lo a qualquer cargo, de vice, de senador, de governador no futuro”.
Tanta contradição é o retrato de um governo que gasta mais tempo dando desculpas que fazendo entregas”.
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