Com informações do UOL A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) na Operação Lava Jato apresentou um documento à juíza Carolina Lebbos, da Vara de Execuções Penais de Curitiba (PR), em que critica a quantidade de visitas recebidas pelo ex-presidente Lula (PT) na Superintendência da Polícia Federal na cidade, onde está preso desde 7 de abril.

O documento, segundo o UOL, diz que Lula transformou sua cela em “comitê de campanha”.

Além disso, o MPF pede que a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, seja retirada da lista de advogados do petista, o que autoriza as visitas dela a qualquer momento. “O fato de ser executada pena restritiva de liberdade em estabelecimento especial, não significa que ao apenado seja permitido, ou assegurado indiscriminadamente, receber a visita de tantas pessoas, em qualquer dia, como vem ocorrendo”, afirma o documento, de acordo com o UOL.

A força-tarefa da Lava Jato aponta ainda uma “proliferação de advogados”.

Além de Gleisi, foi incluído, por exemplo, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), pré-candidato a vice de Lula.

O registro da candidatura do ex-presidente novamente ao cargo, apesar de ter sido condenado em segunda instância, está marcado para as 16h desta quarta-feira (15), em Brasília. “As visitas não têm por objetivo a defesa judicial do apenado, senão a de possibilitar, por parte de Lula, a condução e a intervenção no processo eleitoral de quem materialmente está inelegível”, afirma o MPF no documento. “A juntada de instrumento de mandato aos autos é para o exercício da defesa nos autos judiciais da execução penal e não para o exercício de atividade política, como aparenta”.