Com a prisão de Lula, candidato à presidência da República registrado pelo PT, o partido decidiu abrir a campanha de rua com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, vice na chapa.

Após divergências internas sobre adiantar ou não o início das viagens, a estreia será na próxima sexta-feira (15), no Piauí, estado governado pelo petista Wellington Dias.

Na região, Lula tem 54% das intenções de voto no Nordeste, segundo a última pesquisa Ibope, realizada em junho. “O presidente Lula precisa ter uma forma de se comunicar e eu estou representando a chapa do presidente Lula nessa caminhada.

Nós vamos começar a rodar o País e eu vou levar a mensagem do presidente, que é nosso candidato a presidente, em entrevistas, caravanas, o que quer que seja”, afirmou Haddad. “Precisa ter alguém que expresse o seu plano de governo.

Não seria nem justo que ele não tivesse nem o vice expressando o plano de governo”.

Haddad foi registrado vice na chapa de Lula.

A intenção do PT é, caso a candidatura do ex-presidente seja negada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ele concorra à presidência.

Manuela D’Ávila, do PCdoB, seria, então, a vice.

Enquanto correntes no PT defenderam que abrir a campanha agora, sem uma definição, seria naturalizar Haddad como candidato, outros grupos - incluindo o do ex-governador da Bahia Jaques Wagner - argumentaram que, com apenas 45 dias até o primeiro turno, seria essencial iniciar as visitas aos estados.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, minimizou as discussões internas sobre iniciar ou não a campanha. “Jamais tivemos uma discussão sobre esconder Haddad, Manuela, quem quer que seja”, afirmou. “Não se faz política se escondendo .

Seria um erro crasso nosso”. “A partir do momento do registro, a candidatura está na rua.

Quem fará a representação está aqui se chama Fernando Haddad, seu candidato a vice com nosso apoio”, afirmou ainda a presidente do partido.