Na política, além de criar uma narrativa que lhe seja útil, é necessário cuidar para que ela seja embalada e repetida milhares de vezes, de modo que seja aceita como verdade absoluta.
Nesta linha, no dia em que Lula terá o nome colocado como opção para presidente não poderia ser diferente.
O candidato à reeleição pela Frente Popular de Pernambuco, Paulo Câmara, nesta quarta-feira (15), às 16h, estará em Brasília para o registro da candidatura de Lula à Presidência da República.
O senador Humberto Costa vai ao registro, mas o deputado federal Jarbas Vasconcelos, companheiro de chapa, não deve ir ao evento.
As bancadas do PT no Senado e na Câmara protocolaram, nesta quarta-feira (15), nove requerimentos de convocação, solicitação de depoimento e pedidos de informação para esclarecer supostos atos de desvio e abuso de poder contra o ex-presidente Lula no dia 8 de julho deste ano.
Nesta data, aproveitando o plantão de um magistrado ligado ao PT, parlamentares ligados a Lula pediram sua libertação.
O TRF4, em Porto Alegre, impediu a iniciativa, depois de um dia inteiro de idas e vindas.
Depois disto, o nome de Lula voltou a subir nas pesquisas.
Os parlamentares das bancadas querem explicações da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, do presidente do TRF-4, desembargador Thompson Flores, e do diretor-geral da PF, Rogério Galloro. “Nós já havíamos denunciado a série de abusos ocorrida contra Lula.
Agora, vimos a confirmação de tudo aquilo que dissemos na entrevista dada no fim de semana pelo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.
Ele contou os bastidores de toda a trama que armaram para descumprirem a ordem judicial e manterem Lula preso, inclusive por meio de telefonemas”, afirmou o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), que deu appio ao novo movimento, no dia em que o PT apresenta o nome do ex-presidente no TSE. “Só quem tinha jurisdição sobre o processo de Lula na Lava Jato, naquela data, era o desembargador de plantão Rogério Favreto.
Ele acredita que o momento vivido pelo país é grave e o conjunto de informações descrito por Galloro, que detalham os fatos ocorridos naquele domingo, a partir da interferência indevida de muitas autoridades para impedir a soltura de Lula, é absolutamente ilegal”0. “As declarações de Galloro não deixam qualquer dúvida de que houve uma ação realizada por agentes públicos para que a medida judicial não fosse cumprida.
O objetivo era evitar a liberdade de Lula a qualquer custo, infringindo as normas O país não está diante de um processo judicial, mas sim da utilização dele como arma de perseguição política”. “Observamos a questão, cada vez mais sintomática, da seletividade e da não distinção entre julgador e acusador.
E isso é muito mais grave quando revelado por um diretor-geral da Polícia Federal.
Queremos, então, que as autoridades responsáveis sejam convocadas à Câmara e ao Senado para que prestem todos os esclarecimentos necessários sobre o caso.
Elas são as principais interessadas em colocar tudo em pratos limpos.
Não querer falar é assinar uma confissão de culpa. “O desembargador plantonista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Rogério Fraveto, que determinou a soltura de Lula, em resposta a um pedido de liberdade apresentado por parlamentares do PT, etsá sendo investigado pelo CNJ, como Sérgio Moro e o presidente do TRF4.