O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), reafirmou a sua luta em defesa da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e contra o processo de privatização do sistema elétrico em curso no governo de Michel Temer.
O Rio continua sendo nacional e não será vendido para ninguém, apenas as estatais é que podem ser cobradas por sua ineficiência, caso sejam privatizadas.
O compromisso foi firmado durante encontro promovido por sindicalistas e servidores da Chesf em reconhecimento aos parlamentares que têm atuação marcada pela defesa do “patrimônio dos brasileiros”.
O ato também marcou o protesto contra privatização do sistema de saneamento em todo o País e que, em Pernambuco, atinge diretamente a Compesa. “Temos que denunciar e lutar com firmeza pela tentativa de desmonte na qual esse governo vem insistindo.
A mobilização de todos é fundamental para que não se venda o nosso sistema elétrico, a preço de banana.
Contem sempre comigo nessa luta”, disse o líder petista, vice-presidente da Frente Parlamentar de Defesa da Chesf.
A frente é presidida pelo deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE) que, junto com a deputada estadual socialista Laura Gomes, também foi alvo das homenagens.
A frente parlamentar integra um movimento mais amplo que combate a Medida Provisória 814/17, que autoriza a venda da Eletrobrás e de suas subsidiárias.
A MP foi aprovada por uma Comissão Especial Mista e seguiu para a Câmara dos Deputados.
No último dia 13, a Justiça Federal suspendeu o leilão das distribuidoras da Eletrobrás. “Trata-se de uma luta que não pode parar, embora uma vitória parcial como esta deva ser comemorada.
O importante é garantir essa briga no Congresso e nas ruas”, frisou. “A gana de privatizar a Eletrobrás, a Chesf e todo o setor elétrico está na raiz do golpe que tirou a presidente Dilma Rousseff e levou o grupo de Temer ao poder.
Além do desmonte das políticas sociais que eram marcas dos governos de Lula e Dilma, a ação desses setores tem como alvo o aparelho estatal brasileiro, traduzida na transferência das empresas públicas aos interesses da iniciativa privada", disse o senador.
Ele lembrou que, ao todo, são 75 projetos de desestatizações que Temer deseja consolidar até o final do seu mandato.