O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, criticou nesta terça-feira a possibilidade do vice na chapa do PT, Fernando Haddad, participar dos debates entre presidenciáveis no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato oficial do PT ao cargo.
Lula está preso, após ter sido condenado no âmbito da Operação Lava Jato, e seu partido, o PT, tenta emplacar Haddad em seu lugar nas sabatinas e debates realizados pelas emissoras de televisão.
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Por que é que o Haddad vai para os debates?
Compreende o que eu estou dizendo?
Isso depende de mim?
Então o Bolsonaro pode mandar o general (Mourão). É cada uma…”, disse Ciro. “Somos bastante amigos, o problema não é ele (Haddad), sou amigo do Alckmin também, o problema é o PT.
O PT é muito fortemente responsável pelos problemas que estamos vivendo.
Não foi o PT que escolheu Michel Temer?
O PT escolheu Michel Temer”, complementou.
Reajustes do STF Ciro também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), que na semana passada aprovou uma proposta de reajuste para os salários dos próprios ministros. “É uma falta de respeito absoluta com o momento que estamos vivendo. “Eu vetaria”, afirmou, caso vença o pleito e a medida seja aprovada também no Congresso Nacional.
SPC O candidato do PDT também voltou a rebater críticas de que sua proposta de limpar o nome dos brasileiros no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) seria “rasa”.
Ciro tem defendido que o processo seria implantado por meio de negociações com os bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. “Rasa é a imprensa que não consegue compreender coisa séria.
Você acha que um ex-governador, ex-prefeito de capital, ex-ministro da Fazenda vai fazer uma proposta que não seja minimamente detalhada?
O meu problema é que os meus adversários estão imitando tudo.
A crítica, para mim, não é ruim, é bem-vinda”, destacou o candidato. “Por exemplo, vem da crítica a necessidade de eu já anunciar que essa providência só vale para aqueles que tiverem com nome sujo até 20 de julho passado (2018) Foi a crítica que me fez perceber que é importante dizer que essa medida só vale para trás e não para frente, para não estimular ninguém a fazer crédito e depois não pagar de propósito”, explicou.