Apesar da ruptura do PDT com a Frente Popular, desembarcando o palanque de reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), o partido, segundo fontes no Governo do Estado, mantém os cargos na administração estadual.
Com destaque para a Secretaria Estadual de Agricultura e os órgãos vinculados, o PDT está mantendo todas as indicações políticas e cargos em comissão.
Até mesmo o marido de Isabella de Roldão, candidata a vice-governadora na chapa de Maurício Rands (PROS), continua com cargo no Governo do Estado.
Segundo fontes no Governo do Estado, Paulo Câmara decidiu manter a “cota” do PDT no Governo do Estado.
Nenhuma exoneração foi publicada no Diário Oficial, até agora, segundo fontes.
O engenheiro Fábio Fiorenzano, marido de Isabella, continua a frente do PRORURAL.
Semana passada, após a esposa se lançar em chapa contra o governador, homologou a contratação da empresa PROCONSULT ( que coincidência de nomes para o fundador do PDT, Leonel Brizola, na apuração das urnas nas eleições de 1982).
Em junho de 2016, o engenheiro foi denunciado no TCE por irregularidades em uma obra em São Joaquim do Monte, reduto eleitoral do sogro, Roldão Joaquim (PDT), ex-conselheiro do próprio TCE. “Identificados como responsáveis pelo superfaturamento acima descrito, os Srs.
Fábio Fiorenzano de Albuquerque, engenheiro que elaborou o projeto, o orçamento estimativo e os boletins de medição”, disse o relator da denúncia, conselheiro Marcos Nóbrega, em seu voto sobre a obra.
Na época, o engenheiro Fábio Fiorenzano de Albuquerque afirmou ao Blog de Jamildo que considerou “estranho” o resultado do julgamento do TCE e negou todas as irregularidades.
Em março de 2015, Isabella reproduziu em sua rede social duras críticas da sua mãe contra a pessoa de Paulo Câmara, por ele ter exonerado todos os comissionados da ARPE, onde o pai da ex-vereadora era presidente.
Segundo a postagem de Isabella à época, era uma “retaliação” de Paulo Câmara ao fato de Roldão Joaquim, pai da ex-vereadora, não ter apoiado a campanha do governador.
A ex-vereadora e seu pai Roldão Joaquim apoiaram Armando Monteiro para governador, em 2014, contra Paulo Câmara.
Já em abril de 2015, Isabella acusou o prefeito Geraldo Júlio de “ditadura”, ao ser retirada de uma comissão de educação, quando ainda era vereadora. “Parece uma ditadura.
Ninguém pode falar, que é perseguido.
Mas eu não vou me calar”, disse a então vereadora, após o governo municipal lhe retirar de uma comissão de educação.
Na ocasião, o então líder do governo de Geraldo Júlio, vereador Gilberto Alves, respondeu às críticas de Isabella a pessoa do prefeito, dizendo que o mandato dela era “atrabalhoado” e que Isabella era “mentirosa”.