Com o fim da temporada de convenções em todo o Brasil, o clima de campanha da disputa eleitoral deste ano começou a ser sentido.
No Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), a demanda aumentou em relação à denúncias de propagandas irregulares e no combate à notícias falsas, a conhecida ‘fake news’. “Houve um aumento na demanda.
Acreditamos que a demanda aumentará ainda mais a partir do momento que o aplicativo do TSE começar a ficar disponível”, disse Télia Gaspar, que preside a central criada pelo TRE para combater a disseminação de fake news nas eleições deste ano no Estado.
LEIA TAMBÉM » TSE será inflexível com candidatos ficha-suja nas eleições, diz Fux » Lula nunca cogitou substituir a sua candidatura, diz advogado do petista » Humberto admite que PT tem ‘plano B’ para Lula, mas desconversa sobre nomes » Tarso Genro, ex-ministro de Lula, prefere Boulos a Haddad na corrida eleitoral Ao longo do ano, o TRE treinou 11 servidores para checar postagens em redes sociais e usar ferramentas para desmascarar publicações que usem mentiras para atrapalhar candidatos. “Quem propagar ou divulgar notícias falsas pode incorrer em crime.
A primeira medida será a retirada da página.
Para isso nós temos convênios com o Facebook, com o WhatsApp e estamos trabalhando para que isso ocorra de uma forma efetiva”, afirmou Télia em entrevista ao Jornal do Commercio do último domingo (5).
Para ilustrar esse cenário, de combate à disseminação de notícias falsas, o candidato a deputado federal pelo PP Jonathan Ferreira teve seu nome ligado ao Clã Ferreira de Anderson, André e Fred Ferreira.
Acontece que Jonathan não possui nenhum parentesco com família de Manoel Ferreira. “Não sou da família nem os conheço.
A gente deu entrada no TRE logo na segunda-feira após as convenções.
Só no dia que a gente foi denunciar a minha já era a trigésima denúncia de fake news.
Ao que tudo indica deve ser alguém que esteja incomodado com minha candidatura a deputado federal”, disse.
Como denunciar Redes sociais como Facebook e Instagram, onde os conteúdos são postados em URLs, facilitam que as informações falsas sejam retiradas do ar.
Em aplicativos onde a troca de mensagens é criptografada, como o WhatsApp, a preocupação é maior.
Por isso a ferramenta adotou medidas como indicar as mensagens que são encaminhadas e restringir a quantidade de conversas para as quais ela pode ser compartilhada de uma única vez.
Com os trabalhos iniciados em julho, a central espera um aumento na demanda quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizar o aplicativo pardal, desenvolvido para que eleitores enviem denúncias durante a campanha.
Enquanto isso, o grupo pode ser acionado através do e-mail propaganda.internet@tre-pe.jus.br ou no telefone 3194.9575.