Estadão Conteúdo - O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, se esquivou na tarde desta sexta-feira, 10, de comentar negociações de bastidores para que ele visite o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7 de abril em Curitiba. “Não quero mais falar deste assunto”, disse.

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O gesto havia sido uma tentativa de aproximação entre os dois.

Porém, o clima nos bastidores entre as campanhas pedetista e petista azedou nas últimas semanas.

O PT acertou acordo com o PSB para isolar Ciro Gomes no campo da centro-esquerda.

Em troca da neutralidade em nível nacional e o apoio do PT à chapa de reeleição do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), os pessebistas retiraram a candidatura de Marcio Lacerda ao governo de Minas Gerais.

Desde que foi acertado na semana passada, o acordo pelo isolamento dele foi criticado reiteradas vezes por Ciro Gomes, que também atacou a aliança do PT com o PCdoB. “Fernando Haddad e Manuela D’Ávila são queridos amigos, mas eu estou preocupado.

Isso é um convite à nação para dançar na beira do abismo”, disse Ciro na quarta-feira, em evento com investidores organizado pelo banco BTG Pactual.