Em um possível segundo turno entre Alckmin (PSDB) e Bolsonaro (PSL), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e candidato a vice na chapa do PT, não descartou a possibilidade de uma aliança entre petistas e tucanos contra o deputado do PSL.

A eventual aliança foi admitida nesta quinta-feira (9), em um evento do banco BTG Pactual, em São Paulo.

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Em 1998, Marta Suplicy, do PT, ficou de fora do 2º turno na disputa do governo estadual e o PT apoiou Mário Covas (PSDB) na disputa contra Paulo Maluf (PPB, atual PP).

O tucano venceu.

Dois anos depois, Marta foi para o 2º turno e Covas ‘retribuiu’, uma vez que o adversário era Maluf também, e ela foi eleita. » Após Centrão formalizar apoio a Alckmin, Temer diz que Meirelles segue candidato » ‘Não há salvador da pátria’, diz Geraldo Alckmin.

Simon critica » Centrão busca mulher para ser vice de Alckmin O candidato a vice e’porta-voz’ de Lula, contudo, afirmou que esse cenário - de segundo turno entre Alckmin e Bolsonaro - seria um “pesadelo”.

Para o petista, Alckmin só cresceria na disputa presidencial conquistando votos de Bolsonaro.

Ao admitir uma aproximação com o PSDB, Haddad - que foi prefeito da capital paulista quando o tucano governava o estado de São Paulo - defendeu o ex-governador de São Paulo. “Na campanha eleitoral, se me perguntarem sobre o Alckmin, vou dizer a verdade.

Em quatro anos, nunca vi um empresário sugerir uma conduta inadequada do Alckmin”, afirmou.

Na entrevista, o ex-prefeito deixou claro que Lula ainda é o candidato do PT. “Nós não vamos abdicar do Lula”, afirmou.