Depois das convenções dos partidos, no domingo, a tempertura do debate eleitoral começa a subir progressivamente.

No caso, a Alepe é a caixa de ressonância da disputa.

Já se sabia que o combate à violência, em especial o Pacto pela Vida, iria ser alvo de questionamentos por parte da oposição, como já se ia antes mesmo do pleito.

No sábado, o candidato Armando Monteiro (PTB) já havia dado enfase à “recuperação da autoridade de Pernambuco” no discurso proferido durante a convenção que homologou a candidatura do senador ao governo do estado.

Depois dele, o deputado Álvaro Porto (PTB), em discurso na Alepe, associou o crescimento dos ataques às instituições financeiras nos últimos dois meses em Pernambuco como “a confirmação da falta de comando do governador Paulo Câmara (PSB) sobre o estado”. “Esta realidade, senhoras e senhoras, só reafirma o que já falamos inúmeras vezes: Pernambuco paga caro por ter um governador sem pulso, sem capacidade de comandar, sem autoridade.

A cada três ou quatro meses, o governo se mobiliza, anuncia medidas, faz propaganda na TV para tentar criar uma imagem de que tem algum controle sobre a segurança pública, mas não tem.

E não tem porque falta a este governo a competência para até mesmo inibir os criminosos.

Não tem porque falta a este governador a capacidade de chamar para si a responsabilidade e de assumir o compromisso de fazer valer a força do Estado sobre a bandidagem”, disse. “A inexistência de pulso, pelo Estado, felizmente, pode começar a ter esperança.

Tem gente com autoridade chegando.

O senador Armando Monteiro já deixou bem claro como vai tratar esta questão quando assumir o governo do estado em 1º de janeiro.

Ele deu o recado na convenção.

Abre aspas: ‘Nós vamos restaurar a autoridade em Pernambuco.

Não vamos nos esconder atrás do balcão.

Não estou fazendo promessa, estou dando um aviso: os bandidos não terão vida fácil’, fecha aspas”. “O governo e o governador não conseguem formular nem mesmo declarações aceitáveis sobre o assunto.

Impossível não recordar o deboche do secretário estadual de Planejamento, Márcio Stefani, ao afirmar que já foi assaltado em Paris, mas nunca no Recife.

Também não há como deixar de lembrar que o próprio governador adjetivou a escalada da violência no estado como ‘desconfortável’.

Isso tudo partindo de um governo que bateu, em 2017, o recorde do ano mais violento da história, com mais de 5.500 mil homicídios”, disse . “Não é mais possível continuar a viver num Estado em que 75 dos 185 municípios têm suas agências bancárias atacadas por bandidos em sete meses. “Esta situação alarma cidades inteiras, deixando a população refém do medo e órfã de serviços bancários.

Sabemos das dificuldades que enfrentam as populações de cidades que estão com os bancos fechados.

Além de conviverem com o pavor, as pessoas, muitos aposentadas, estão sendo obrigadas a se deslocar para outras cidades, para realizar transações bancárias, gastando com transporte e se arriscando em estradas em péssimas condições de tráfego”, disse. “Os números (Sindicato dos bancários, controlado pela CUT) mostram que o Governo continua a sofrer com a falta de comando e a consequente incapacidade de buscar soluções efetivas na área de segurança.

A atual gestão, queiram ou não queiram os juízes, chega a reta final marcada por esta deficiência.

Felizmente, 2019 está se aproximando", encerrou.