Estadão Conteúdo - O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do grupo Estado, que a senadora Kátia Abreu, de Tocantins, foi escolhida como vice de Ciro Gomes.
A escolha pela chapa pura à Presidência ocorre após uma semana de seguidos reveses para Ciro.
O ex-ministro estava em negociação avançada para compor com o PSB.
No entanto, a executiva nacional pessebista acertou com o PT a neutralidade do partido na corrida ao Planalto.
Em troca, foram retiradas as candidaturas do ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) ao governo de Minas e da vereadora Marília Arraes (PT), em Pernambuco.
A manobra do PSB teria sido acertada com o consentimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7 de abril em Curitiba, que deseja isolar Ciro no campo da centro-esquerda.
No sábado, 4, o pedetista fechou a primeira e até agora única composição partidária da chapa, com o Avante.
Historicamente ligada à bancada ruralista, a senadora foi eleita pelo Estado de Tocantins em 2006, pelo DEM (então PFL).
Quando a ex-presidente Dilma Rousseff assumiu o Planalto, em 2011, as duas acabaram se aproximando.
Já pelo MDB, em 2014, Kátia foi reeleita para o cargo.
No ano seguinte, foi nomeada ministra da Agricultura.
No processo de impeachment de Dilma Rousseff, Kátia se tornou uma das mais ferrenhas defensoras da petista.
O apoio incondicional a Dilma, mesmo após o impeachment, custou à senadora a expulsão do MDB, em 2017.
Em março deste ano, ela se filiou ao PDT para disputar a eleição suplementar do governo de Tocantins.
Na corrida extemporânea, ela ficou em quarto lugar, com 15,66%.
Ela pretendia concorrer novamente ao mesmo cargo em outubro.
Na eleição estadual, Lula enviou carta de apoio à candidatura de Kátia, mesmo sem o PT fazendo parte formalmente da chapa.