Duas horas após ser anunciado candidato ao Senado, o vereador do Recife Jayme Asfora (Pros) não será mais um dos nomes da chapa encabeçada pelo ex-deputado federal Maurício Rands, do mesmo partido.

Pros, PDT e Avante se juntaram neste domingo (5), último dia para as convenções.

Oficialmente, o presidente do Pros em Pernambuco, o deputado federal João Fernando Coutinho, afirmou que ele sairia para abrir espaço para atrair novos partidos.

Nos bastidores, comenta-se que ele não aceitou o convite.

O deputado federal Silvio Costa (Avante), pré-candidato ao Senado, afirmou que o governador Paulo Câmara (PSB) pressionou para que Asfora não disputasse na chapa.

O socialista nega.

Além de Maurício Rands e Silvio Costa, a chapa é composta pela ex-vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT), que será vice.

Contra PT e PSB Anunciada por volta das 18h30 deste domingo (5), a chapa começou a ser articulada na última quarta-feira (1º), quando PT e PSB fecharam um acordo, levando à retirada da candidatura de Marília Arraes (PT).

Com isso, Pros e Avante, que haviam anunciado o apoio à petista, ficaram sem palanque.

Houve uma debandada do PSB para o Pros na janela partidária, entre março e abril, de parlamentares que queriam evitar disputar com nomes que integram o chapão da Frente Popular.

No mês passado, no entanto, o presidente estadual do partido, deputado federal João Fernando Coutinho, passou a defender Marília Arraes.

Nacionalmente, o partido está coligado com o PT.

Silvio Costa havia sido anunciado pré-candidato em uma eventual chapa de Marília Arraes, o que não aconteceu.

Sem ela, o parlamentar não teria palanque por ser opositor de Paulo Câmara e dos candidatos ao Senado na chapa de Armando Monteiro Neto (PTB) - Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM) -, embora seja aliado do petebista.

PDT A articulação entre PT e PSB levou os socialistas a não darem o apoio esperado pelo presidenciável do PDT, Ciro Gomes, que ficou isolado.

Após a decisão dos dois partidos, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou que a legenda estava deixando a base do governo Paulo Câmara, em que tem a Secretaria de Agricultura, com Wellington Batista.

Além disso, foi iniciada uma especulação de que a sigla poderia inclusive ter como candidato o advogado Túlio Gadelha.

Até esta tarde, na convenção que homologou candidatura de Paulo Câmara à reeleição, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, afirmava que ainda aconteciam conversas para tentar atrair PDT e Pros novamente para a Frente Popular.