O advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), solicitou nessa quarta-feira (1º) à 4ª Vara da Justiça Federal de Santos, em São Paulo, informações sobre o acidente aéreo que matou o socialista há quatro anos, durante a campanha presidencial de 2014.

No documento, pede que não seja considerado o relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

LEIA TAMBÉM » Para FAB, cansaço do piloto influiu no acidente que matou Eduardo Campos » Famílias dos pilotos contestam Cenipa e apontam falha no avião de Eduardo Campos » Para FAB, cansaço do piloto influiu no acidente que matou Eduardo Campos “Que esse Juízo, ante o primado da Constituição Federal, não dê precedência a investigação SISPAER/CENIPA, até mesmo para desconsiderar o relatório final, como também requisite os dados coletados no DATA COLLECTION UNIT, negados pelo CENIPA, sob pena de concluir essa produção de provas num verdadeiro voo cego, sem essa relevante prova, dando regular prosseguimento a produção de provas”, afirma Antônio Campos no requerimento.

O inquérito para investigar as causas do acidente foi aberto há quase quatro anos.

O relatório com o resultado das investigações realizadas pelo Cenipa foi apresentado em janeiro de 2016.

De acordo com o órgão, a falta de capacitação dos pilotos para operar a aeronave foi um dos fatores que contribuiu para a tragédia. » TRT condena PSB e empresários a indenizar família de piloto de Eduardo Campos » Irmão de Eduardo Campos vai à Justiça apontando ‘sabotagem’ em avião » Cenipa apresenta dados sobre acidente que matou Eduardo Campos » Inquérito da PF indicará causa do acidente que matou Eduardo Campos Para Antônio Campos, a investigação foi prejudicada. “Ora, a negativa imperativa do CENIPA em fornecer os dados de voo colhidos pelos motores, através do DATA COLLECTION UNIT, demonstra que o órgão pretendeu (e conseguiu) esconder dados que esclareceriam que os pilotos perderam ou não, literalmente, o controle do PR-AFA”, afirma.