Do JC Online Apenas um dia após a Executiva Nacional do PT decidir pelo veto à candidatura da vereadora Marília Arraes ao Palácio do Campo das Princesas e confirmação da aliança do partido com o PSB do governador Paulo Câmara, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, até então aliado de Paulo, afirmou que a legenda está trabalhando para encabeçar ou integrar uma chapa alternativa no Estado.
A movimentação serviria para dar palanque ao presidenciável da agremiação, Ciro Gomes, em Pernambuco.
A frente, segundo o pedetista, seria formada, além do PDT, pela Rede, Avante e Pros.
O Blog de Jamildo já havia adiantado a possibilidade de o PDT deixar a base de Paulo Câmara há uma semana.
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As opções da coligação seriam, segundo ele, concorrer ao governo estadual com José Queiroz, ex-prefeito de Caruaru, ou Túlio Gadêlha; ou ainda integrar uma chapa encabeçada pelo deputado federal Silvio Costa (Avante).
O pedetista não citou o nome de Júlio Lóssio, ex-prefeito de Petrolina, que é pré-candidato ao governo do Estado pela Rede.
Lóssio não foi localizado pela reportagem para comentar as declarações de Lupi.
Surpresa “Fomos pegos de surpresa com a informação de que o PSB não apoiaria Ciro, por isso estamos trabalhando na formação de uma chapa própria em Pernambuco”, afirmou Lupi.
Com a aliança entre PT e PSB, a candidatura de José Queiroz ao Senado na chapa de Paulo Câmara, que era dada como certa, foi rifada para abrir espaço para a entrada do senador Humberto Costa.
Em 2014, apesar de o PDT oficialmente ter ficado na oposição a Paulo na eleição, José Queiroz, que era ligado a Eduardo Campos (PSB), apoiou o projeto de Paulo.
Procurado, o ex-prefeito não retornou às chamadas da reportagem para informar sobre como se posicionaria neste novo contexto.
A assessoria de imprensa do governador Paulo Câmara afirmou que ele não falaria sobre o assunto.