A executiva nacional do PT decidiu, por 17 votos a oito, apoiar a campanha à reeleição do governador Paulo Câmara, fechando aliança com o PSB.

Com a decisão, a vereadora do Recife Marília Arraes, que faz oposição aos socialistas e brigava pela pré-candidatura ao governo, é rifada.

Haverá acordos também na Paraíba, no Amapá e no Amazonas.

A informação foi publicada pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder da oposição na Câmara, no Twitter.

Por 17 a 08 votos a Executiva Nacional do PT decidiu apoiar os candidatos do PSB aos governos de Pernambuco, Paraíba, Amapá e Amazonas. pic.twitter.com/qx6TfLeX2G — José LULA Guimarães (@guimaraes13PT) 1 de agosto de 2018 A estratégia do PSB foi para que o PSB adote a neutralidade nacionalmente, evitando que os socialistas fechem aliança com Ciro Gomes, presidenciável do PDT.

O pedetista sofre mais um revés.

A convenção nacional do PSB, que vai definir sobre o acordo, é no próximo domingo (5).

LEIA TAMBÉM » Marília Arraes diz que candidatura sofre ‘ataque especulativo’ » PT fecha acordo com PSB e Ciro Gomes sofre mais um revés » Marília Arraes rifada da disputa em Pernambuco.

Executiva Nacional do PT aceita aliança com PSB de Paulo Câmara “PSB e PCdoB estão entre os cinco partidos que assinaram conosco, por meio das fundações partidárias, o manifesto programático Unidade para Reconstruir o Brasil.

Nestas eleições, já estamos juntos na Bahia, Acre, Ceará e Maranhão, e trabalhando para constituir alianças no maior número possível de estados”, afirma a resolução do PT. “O PT entende que a unidade do campo popular é necessária para superarmos a profunda crise do país, reverter a agenda do golpe e retomar o projeto de desenvolvimento com inclusão, onde o povo e os trabalhadores voltem a ser o centro das ações de governo”.

Teresa x Oscar Antes da decisão da executiva nacional, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) havia dito que a estratégia do grupo de Marília Arraes, caso fosse essa a decisão da executiva nacional, seria de recorrer ao diretório nacional, que se reúne nesta sexta-feira (3). “Se formar essa posição, vai fazer intervenção.

Vamos recorrer à instância superior, que é o diretório”, disse, na Assembleia Legislativa. “Essa comemoração antecipada do PSB e do PT que defende aliança é uma tentativa de desmobilizar o encontro (de delegados do partido em Pernambuco, marcado para esta quinta-feira, 2, para decidir sobre candidatura própria ou aliança).

Não vamos aceitar nenhuma vitória no grito”.

Defensor da aliança, o segundo vice-presidente do PT de Pernambuco, Oscar Barreto, havia falado também antes da decisão que não cumpri-la seria motim. “A decisão foi tomada pelo comando político do PT, que é o presidente Lula.

O PT disse que Lula iria coordenar o esse processo.

E ele coordenou até o final.

Essa é uma decisão que ele tomou”, disse.