O Instituto de Gestão Previdenciária do Município de Petrolina (Igeprev) divulgou o resultado de uma auditoria que apontou prejuízos de cerca de R$ 13 milhões aos cofres da prefeitura.
O órgão enfatizou que o rombo foi causado, segundo o levantamento, por aplicações feitas na gestão anterior, entre 2011 e 2013, quando o prefeito era Júlio Lóssio (Rede), adversário político do grupo do atual, Miguel Coelho (PSB).
Lóssio é pré-candidato ao governo de Pernambuco.
Segundo o instituto, houve irregularidades como o direcionamento de recursos para fundos de investimentos não recomendados.
Em nota, o vereador Paulo Valgueiro, aliado de Lóssio, e o ex-gestor do Igeprev Ney Siqueira negaram irregularidades. “As aplicações realizadas pelo IGEPREV durante os anos de 2009 a 2016 sempre foram realizadas com base nas normas vigentes à época, em especial com base na Resolução do Conselho Monetário Nacional nº. 3.992/2010, onde consta a relação detalhada de investimentos que podem ser realizados pelos gestores de órgãos previdenciários municipais, bem como os limites financeiros que devem ser observados quando da realização do investimento”, afirmam.
Os dois aproveitaram para alfinetar o grupo do prefeito. “O saldo do fundo era de 22 milhões no início de 2009, chegando a cerca de 135 milhões no final de 2016, graças à política de nomear para a gestão servidores de carreira e não apadrinhados políticos.
Avaliando as planilhas de recolhimento, chegamos à conclusão de que, caso não houvesse déficit de recolhimento das gestões anteriores, a gestão de Julio Lossio teria recolhido todas as suas obrigações e, ainda, abatido 1 milhão do passivo deixado pelas gestões anteriores”.