Estadão Conteúdo - Vice-prefeito de São Paulo na gestão de Marta Suplicy (MDB), o jurista Hélio Bicudo morreu na manhã desta terça, 31, em São Paulo, aos 96 anos, após meses de complicação cardíaca, informa a coluna Direto da Fonte, de Sonia Racy, do jornal O Estado de S.

Paulo.

Morreu nesta terça-feira, 31, em São Paulo, aos 96 anos, o jurista Hélio Bicudo, figura histórica do PT que distanciou-se do partido após o mensalão e foi autor do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Segundo a coluna Direto da Fonte, da jornalista Sonia Racy, Bicudo não resistiu a meses de complicações cardíacas.

LEIA TAMBÉM » Bicudo, Reale Jr. e PSDB fazem novo pedido de impeachment » Cunha não fez mais do que a obrigação, diz Hélio Bicudo » Autor de pedido de impeachment, Hélio Bicudo diz que a lei foi cumprida » Autor do impeachment de Dilma, Hélio Bicudo adere ao ‘Fora, Temer’ Nascido em 1922, em Mogi das Cruzes, Hélio Bicudo foi professor de Direito da USP.

Durante a ditadura militar (1964-1989) foi um importante militante dos direitos humanos e se notabilizou pelo combate ao Esquadrão da Morte, que agia em São Paulo.

Trabalhou na Procuradoria Geral em São Paulo e foi vice-prefeito paulistano na gestão de Marta Suplicy.

Também participou da gestão de Luiza Erundina, de quem foi secretário dos Negócios Jurídicos.

Bicudo rompeu com o PT em 2005, no auge do escândalo do mensalão.

Criou e presidiu de 2003 a 2013 Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FidDH), entidade que atuou junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos denunciando e acompanhado casos de desrespeito aos direitos humanos no Brasil Em 2015, protocolou na Câmara dos Deputados, um pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O jurista, Miguel Reale Júnior e os movimentos sociais a favor do impeachment apoiaram o pedido, que foi aceito pelo então presidente da Casa, Eduardo Cunha.

Em agosto de 2016 a presidente foi afastada do cargo.