O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), pré-candidato à presidência da República pelo PSL, defendeu os militares que atuaram na ditadura durante entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (30).
Questionado sobre o seu livro de cabeceira, voltou a exaltar o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de tortura no período do regime, elogiando um livro escrito por ele.
Bolsonaro já havia homenageado o militar durante a votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Ustra foi chefe do Destacamento de Operações Internas (DOI-Codi) de São Paulo e é alvo de uma série de acusações de tortura durante a ditadura.
LEIA TAMBÉM Bolsonaro reafirma declaração que levou a denúncia por racismo No início da entrevista, Bolsonaro já havia falado sobre o militar. “Este pessoal que se diz torturado, com alguns até aconteceu a maldade, a grande parte não. É a forma que conseguiram piedade, voto, dinheiro, essa história não está bem contada, só se lembra e um lado da história.
Se tivéssemos perdido a guerra, seríamos uma Cuba nesses oito e meio milhões de quilômetros quadrados”, afirmou.
Questionado se, caso eleito, abriria os arquivos das Forças Armadas sobre o período, indagou: “E a esquerda vai abrir seus arquivos também?”. “Não vou abrir nada”.
Hoje em um partido de liberais, Bolsonaro defendeu um Estado maior no período da ditadura. “Quem iria construir uma Itaipu binacional?
Tinha que ser o Estado, mais de 20 hidrelétricas, rasgamos as estradas do País.
Quando entregou para os civis, o que aconteceu?
Mantiveram as estatais e serviu para quê?
Foco de corrupção”, afirmou.