A primeira pesquisa da Nassau sobre as eleições em Pernambuco em 2018 trata do sentimento do eleitor, fala sobre as eleições, a democracia e o Poder Legislativo, além de prospectar sobre o uso das redes sociais.

No que toca aos sentimentos do eleitor, a pesquisa aponta que há grande otimismo por parte dos recifenses, mesmo com uma grande crise econômica nacional.

Aparentemente desimportantes, estes sentimentos ajudam na definição do voto.

Quanto maior o mau humor, maior a chance de votar por mudanças.

O primeiro questionário do levantamento pergunta se o eleitor se considera uma pessoa feliz, com a família, os vizinhos, colegas de profissão e amigos.

Entre os familiares, o sim venceu com 95% das respostas.

A menor nota foi dada ao relacionamento com os vizinhos, com apenas 83%.

Quando questionado sobre o bem estar pessoal, a maioria dos eleitores se declarou feliz (69%) ou muito feliz (19%).

Não apenas.

A maior parte dos entrevistados disse acreditar que a vida vai melhorar (75%) e apenas 21% disse acreditar que vai continuar na mesma.

Só 3% espera piora.

Dá para colocar a culpa em Temer?

Se o positivismo em relação ao futuro é um fato, o sentimento de estagnação econômica também foi detectado e pode ser usado contra o governo Federal, por exemplo.

Quando questionados sobre a renda, o emprego e a economia, os eleitores, de forma majoritária, disseram que continuam na mesma (49%).

Só 24% afirmou que a vida melhorou.

Outros 16% afirmaram que a situação da renda, emprego diminuiu, com a economia em crise.

Quando a renda familiar é de apenas um salário mínimo, o índice sobe para 19%.

A mesma situação se verificou em relação aos questionamentos sobre o sentimento do eleitor sobre o poder de compra, em relação aos últimos anos, situação que políticos podem ser facilmente associar em uma campanha à figura do ex-presidente Lula, ainda mais em Pernambuco.

De modo geral, a maioria diz que o poder de compra continua na mesma, mas 27% afirma que o poder de compra decaiu ou decaiu muito (12%).

Mesmo com toda a crise nacional, 50% diz estar muito feliz em morar no Brasil e não planeja ir para o exterior.

Só 14% se declara muito infeliz.

Entre as razões para não desistir do Brasil, como diria Eduardo Campos, 67,8% explicou que gosta ou ama o Brasil.

O maior problema, para quem poderia deixar o Brasil, seria a corrupção, para 30% dos respondentes.

Outros 25% citam que existe muita desgraça e confusão.

No entanto, quando o corte é por idade, os mais jovens, de 16 a 24 anos, disseram que se tivessem oportunidade sairiam do Brasil.

Foi a maior taxa, com 62% dos que citaram a possibilidade.

Registro O levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Uninassau foi feito em parceria com o Portal LeiaJá e Sistema Jornal do Commercio de Comunicação.

A pesquisa foi registrada junto à Justiça Eleitoral, sob o número PE-00515/2018, no dia 20 de julho de 2018.

A pesquisa ouviu 480 pessoas com 16 anos ou mais, residentes no Recife, no dia 23 de julho de 2018.

O número de entrevistas foi estabelecido com base em uma amostragem aleatória simples, com um nível estimado de 95% de confiança e uma margem de erro estimada de 4,5 pontos percentuais.