O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, recebeu nesta quinta-feira oficialmente o apoio do Centro Democrático a seu nome nas eleições 2018.
Alckmin esteve presente ao anúncio da formação da aliança, em Brasília, do qual participaram lideranças do DEM, PR, PP, PRB e SD. “Não há salvador da pátria.
Há, sim, o esforço coletivo.
Temos uma causa urgente, o Brasil tem pressa.
Fico muito feliz com o apoio do Centro Democrático porque essa não é uma tarefa para apenas uma pessoa ou um partido. É uma tarefa coletiva.
Por isso estamos todos aqui, juntos”, disse o presidenciável. “Fico muito feliz por estarmos unidos.
O caminho não é o autoritarismo, nem o populismo, mas sim a democracia”.
No evento, o presidenciável disse reconhecer o gesto de Rodrigo Maia, Aldo Rebello e Flávio Rocha, que “abriram mão” de suas candidaturas em prol da unidade do centro. “A boa política leva ao bom convívio, ao diálogo, ao consenso”, afirmou.
Em seu discurso, o presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, disse ser importante a união. “O espírito público e o sentimento de brasilidade caracterizaram o avanço dessa aliança dos partidos do Centro Democrático.
Sempre pensamos numa agenda para o Brasil.
Fomos capazes de deixar de lado os interesses individuais, as questões internas dos partidos, para promover esta aliança.
O melhor nome é o nome de Geraldo Alckmin”, disse ACM Neto.
Alckmin comentou os desafios que aguardam o próximo presidente, como o desemprego e o drama da segurança pública. “Nossa responsabilidade é grande, e não vamos decepcionar.
Temos consciência do esforço que teremos de fazer: primeiro, para ganhar as eleições.
Todas as vezes que o Brasil buscou o diálogo, a democracia se consolidou e os programas sociais avançaram”, afirmou.
Pedro Simon, ao lado de Marina, faz críticas a acordo de Geraldo O ex-senador Pedro Simon, que se aposentou da vida parlamentar em 2015 após mais de 50 anos de experiência na política, conversou com O Antagonista sobre o apoio do Centrão a Geraldo Alckmin. “Estamos vivendo o apogeu do ridículo.
Estamos atingindo o máximo da loucura.
Daqui a 3 meses [menos do que isso] teremos uma eleição e estamos vivendo uma tragédia atrás da outra.” Na avaliação dele, “não tem um pingo de lógica” Alckmin rodear-se de denunciados e investigados pela Lava Jato. “É diabólico o que está acontecendo”, disparou. “O Alckmin falar em unificação e pacificação é uma maluquice. É como se ele estivesse dizendo: ‘Esquece a roubalheira, esquece tudo o que houve, tudo o que a Lava Jato revelou e vamos aqui nos unir’”, acrescentou.
Simon também reafirmou que votará em Marina Silva, mas ponderou que acredita em um segundo turno com Jair Bolsonaro e o próprio Alckmin.