Muitos não acreditaram, mas o ex-ministro da Economia Henrique Meirelles deve ser confirmado na próxima semana como candidato do MDB à presidência.

Está marcada para a próxima semana, no dia 2 de agosto, a convenção que deve apontar o nome de Meirelles como candidato pelo MDB.

Com a confirmação da candidatura de Meirelles, essa será a primeira vez, desde Orestes Quércia, em 1993, que o MDB apresenta um concorrente ao Palácio do Planalto.

O evento ocorrerá em Brasília e foi confirmado pela cúpula do partido, após reunião do Conselho Político da pré-campanha de Meirelles ao Palácio do Planalto.

De acordo com cálculos do presidente do MDB, senador Romero Jucá, o ex-ministro da Fazenda terá cerca de 460 dos 594 votos dos convencionais.

A sigla ainda não decidiu o candidato à vice-presidente, o que deve ser definido pela executiva emedebista até a data limite permitida pela legislação eleitoral, em 15 de agosto.

Segundo Jucá, o partido segue conversando com todas as legendas.

Ele afirma, ainda, que nenhum candidato fechou coligações com outras siglas, inclusive as do chamado ‘centrão’. “Cada partido vai decidir (sobre apoios) até o período do registro de candidaturas, que é até 15 de agosto.

Eu acho que o ‘centrão’ é uma manifestação política e acho que o ‘centrão’ não tem dono.

Por mais que queiram aparentar ser dono do ‘centrão’, o ‘centrão’ não tem dono, ali só tem gente esperta”, afirmou.

Meirelles segue confiante quanto as possibilidades de vitória da sua candidatura.

Segundo ele, assim que a população começar a tomar conhecimento de sua história à frente do Banco Central e do ministério da Fazenda, seu potencial eleitoral crescerá de forma vertiginosa. “No momento em que for confirmada a candidatura pelo MDB, terá um impulso grande e depois quando mostrarmos na televisão a proposta de que a candidatura é oficial, é forte e tem o apoio do partido no Brasil inteiro.

Eu tenho uma história em que tive oito anos no governo Lula e o Brasil cresceu muito, criou emprego e vamos mostrar o meu papel.

Tiramos o Brasil, agora no governo do presidente Temer, da maior recessão da história, criamos empregos e etc.

Tudo isso faz com que nós tenhamos condições de, aí sim, termos um deslanche grande na candidatura”, garante o ex-ministro.