Poucas horas após a reconciliação, por nota, entre o senador Armando Monteiro Neto (PTB), pré-candidato ao governo na oposição Pernambuco Quer Mudar, e o deputado federal Bruno Araújo (PSDB), o PSB aproveitou o racha no grupo adversário.
O partido do governador Paulo Câmara atribuiu ao grupo a pecha de “turma do Temer”, buscando vincular o palanque do petebista ao presidente, que tem baixa popularidade principalmente no Nordeste. “A ’turma do Temer’, liderada pelo senador Armando Monteiro, deveria olhar esse Governo Federal que eles defendem.
Não nos causa surpresa esse conflito entre eles.
Isso é resultado de quem constrói arranjos de partidos apenas para fins eleitorais. É um ajuntamento de siglas desconectado da realidade do povo”, acusam os socialistas em nota.
No último sábado (21), Bruno Araújo divulgou carta em que reclamava do veto do petebista ao seu nome para compor a chapa majoritária como candidato ao Senado.
O tucano admitia no texto a possibilidade de sair também candidato ao governo, para dar palanque ao ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, pré-candidato tucano à presidência.
Aliado do ex-presidente Lula (PT) nas últimas eleições e após declarar voto no petista, Armando fez um gesto para Alckmin em nota nesta terça-feira (24). “O nosso palanque, tendo em vista o apoio majoritário que recebe dos partidos dessa frente, estará sempre aberto para que o candidato Geraldo Alckmin possa trazer aos pernambucanos as suas propostas, neste momento tão importante e desafiador para o nosso País”, afirmou o senador. “A ’turma do Temer’ em Pernambuco não tem condições de falar do Governo de Pernambuco e nem da Frente Popular.
Ao contrário dos seus adversários, o governador Paulo Câmara não abre mão dos seus compromissos com o povo, com aqueles que mais precisam”, disse o PSB, depois.
O partido do governador aproveitou a presença de três ex-ministros no palanque: Mendonça Filho (DEM), da Educação, pré-candidato ao Senado; Bruno Araújo, que ocupou a pasta das Cidades; e Fernando Filho (DEM), que ficou à frente da área de Minas e Energia e deve disputar reeleição à Câmara dos Deputados. “Paulo obteve essas conquistas apesar da perseguição do Governo Federal e do trabalho contrário dos três ministros pernambucanos da “turma do Temer”, afirmaram os socialistas.