Um dia antes do prazo previsto para o início das convenções partidárias, partidos brigam para firmar alianças e assim aumentar o tempo no horário eleitoral.

Vinte e cinco minutos por dia de tempo de televisão e rádio estão em disputa e recursos do Fundo Eleitoral.

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Os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo, saem de 1,5 minuto para 6,5 minutos, no caso do pedetista, e de 2,5 minutos para 7,5 minutos, no caso do tucano, aproximadamente.

A propaganda começa dia 31 de agosto e vai até 4 de outubro.

Divididos entre os períodos matutino e noturno — ambos com 12 minutos e 30 segundos —, postulantes à Presidência aparecerão nas terças-feiras, quintas e sábados.

Já nomes que concorrerão aos governos estaduais e ao Distrito Federal terão as segundas, as quartas e as sextas-feiras.

Ainda em negociação, pré-candidatos de legendas maiores buscam apoio das siglas do centrão.

O bloco se reunirá nesta quinta-feira (19) para tentar acordo e, finalmente, bater o martelo.

Entre as mais disputadas estão o PP, o PR, o DEM e o PSB, que acumulam, respectivamente, 49, 43, 40 e 26 cadeiras no Congresso.

Entre os três representantes ao Planalto mais votados nas pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL) se viu obrigado a desistir de fechar acordo com o PR, o que levaria a mais de um minuto.

Com o recuou da legenda, o cacique da legenda, Valdemar Costa Neto, pode fechar com PDT, PT, PSDB ou MDB.

O pedetista Ciro Gomes, por sua vez, tenta se unir ao PSB, com quem já avançou nas conversas, com o PP, o DEM e o Solidariedade.

Ontem, em um evento no Recife, reforçou o interesse em formar aliança com a pré-candidata pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, que ainda não confirmou se seguirá como cabeça de chapa.

Pré-candidato que já conseguiu apoio com mais legendas, Alckmin segue na disputa eleitoral ao lado de PSD, PPS, PTB e PV e conversa com o DEM, o Solidariedade e o PRB.

O ex-presidente Lula se mantém como representante do PT, o que tem dificultado a formação de alianças, por causa da Lei da Ficha Limpa e da hipótese da troca pelo nome do ex-prefeito Fernando Haddad.

A sigla negocia com o PR, PSB e, em um discurso de união das esquerdas, com o PCdoB. *Do Correio Braziliense