O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, destacou, no Fórum de Mobilidade, promovido pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANP Trilhos), em Brasília, a importância da mobilidade urbana de alta capacidade e qualidade, como trens, metrôs, monotrilhos e VLTs, para amenizar problemas com congestionamentos nas regiões metropolitanas do país.

Alckmin defendeu que a integração destes modais pode levar qualidade de vida à população, no entanto, esbarra na falta de investimentos. “O caminho é alta capacidade e integrar os modais para resolver o grande desafio da mobilidade urbana.

A minha cidade natal com 180 mil habitantes trava no sábado de manhã.

Porque é de 1705. É evidente que é um outro mundo.

A população gosta do transporte sob trilhos.

O problema é o tamanho da rede, que ainda é muito pequena.

O nosso desafio é buscar recursos”, disse o ex-governador de São Paulo.

Alckmin sinalizou que priorizará a realização de concessões e parcerias público-privadas (PPPs). “Total prioridade: concessão e PPP.

Ninguém vai fazer uma linha de metrô nova só com investimento privado.

Aí quem me exigir menor contraprestação, ganha a licitação.

Melhor investir 30% do que 100%.

E todos ganham. (…) Nenhum governo tem dinheiro pra tudo.

Vamos ter que trazer a iniciativa privada”, afirmou o presidente do PSDB.

O pré-candidato tucano disse que para trazer investimentos para o Brasil serão necessárias algumas mudanças, como por exemplo, na política fiscal. “A meta é recuperar a capacidade de investimento do governo federal com uma boa política fiscal.

Há muita liquidez no mundo, o Brasil tendo bons projetos, segurança jurídica, marco regulatório, agências de Estado despartidarizadas, nós vamos trazer bastante investimento e, com isso, poder ampliar a rede metroferroviária nas regiões metropolitanas do Brasil”, disse Alckmin.

Em um discurso, Alckmin defendeu que sejam feitas reformas no país: tributária, política, previdenciária e de Estado. “Precisamos fazer uma profunda reforma do Estado.

A população não quer pagar mais impostos.

A greve dos caminhoneiros não foram só os 40 centavos do diesel.

Foi meio que um desabafo.

Precisamos recuperar a capacidade de investimento.

Um governo que não tem nenhuma capacidade de investimento não tem o que fazer”, afirmou.