Estadão Conteúdo - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), apresentou destaque para retirar do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019 a proibição para contratações de servidores ou negociação de novos aumentos no ano que vem.

Embora a área econômica seja favorável a essas vedações, o líder disse que estava atuando como “senador de Roraima”, não como liderança do governo. “Quero me manifestar não como líder, mas como senador de Roraima.

São questões técnicas.

O teto de gastos já é limitador, não caberia nenhum tipo de subteto quanto à despesa administrativa ou à contratação de pessoal”, afirmou Jucá.

Para o senador, a medida proposta pelo relator da LDO de 2019, senador Dalírio Beber (PSDB-SC), estaria interferindo em autonomia para os poderes fazerem seu próprio orçamento. “Não estou discutindo aumento ou não aumento, mas, sim, a capacidade do poder de dar ou não esse aumento”, afirmou Jucá.

Apesar da posição contrária aos interesses da área econômica, o líder do governo ressaltou que apoia a revisão dos incentivos fiscais que também foi proposta por Dalírio Beber.

O relator da LDO de 2019 quer que o próximo governo apresente um plano de redução dos benefícios à metade ao longo dos próximos dez anos.

Beber também pretende incluir um dispositivo para que o atual governo apresente propostas de corte de 10% nos incentivos tributários já no ano que vem.

No plenário da Comissão Mista de Orçamento (CMO), já há presença maciça de servidores, que aplaudem deputados que os defendem e vaiam os parlamentares que se mostram favoráveis à proibição de reajustes e contratações.

O relator ainda está fechando os últimos detalhes do seu parecer.