Carreras ‘achou uma Celpe para chamar de sua’.

O deputado federal Felipe Carreras (PSB) - que defende com unhas e dentes a privatização individual do Aeroporto do Recife - ingressou com uma ação na Justiça Federal nesta quarta-feira (11), para tentar barrar o processo de licitação de privatização do terminal no modelo proposto pelo Ministério dos Transportes.

LEIA TAMBÉM » Carreras se reúne com José Múcio para tentar barrar privatização do Aeroporto do Recife » Carreras diz que ministro não consegue explicar mudança no modelo de privatização do aeroporto do Recife » Na Câmara, Carreras quer audiência sobre privatização do aeroporto do Recife A intenção do parlamentar pernambucano é retirar o terminal do Bloco Nordeste para que seja concedido de forma individual. “Não estamos pedindo nenhum privilégio.

Estamos exigindo o mesmo tratamento dos demais aeroportos que já foram privatizados até o momento.

O que não aceitamos é ser discriminados, nos tornando cobaias de uma aventura do Governo do presidente Temer”, disse.

Além disso, o deputado entrou com uma segunda ação na Justiça para liberar o Aeroporto para receber novos voos e novas frequências, algo que não pode acontecer desde o início de maio, quando a Anac publicou uma portaria restringindo essas duas opções por questões de segurança que não estavam sendo cumpridas pela Infraero.

A ação judicial para tentar barrar a privatização do Aeroporto do Recife tem como base as perdas que o terminal - considerado um dos melhores do Brasil e do mundo - terá com este novo modelo.

Os investimentos previstos estão bem abaixo de outros com o mesmo perfil comercial, como o de Salvador.

Enquanto o do Recife receberá R$ 854 milhões, o da Bahia, R$ 2,8 bilhões e ainda uma nova pista. “Este processo não tem lógica e demonstra que o Governo Federal não tem nenhum planejamento para o setor de aviação do País.

Quando o Aeroporto do Recife assume a liderança na movimentação de passageiros do Nordeste, cresce acima da média nacional desde 2015, conquista um hub regional e se torna a principal porta de entrada de estrangeiros da região, a Anac decide mudar o processo e diminuir consideravelmente os investimentos no terminal.

Eles decidiram privilegiar outros estados, como Salvador e Ceará, em detrimento a Pernambuco, em uma manobra política e sem nenhum estudo para confirmar que este é mesmo o melhor modelo.

Foi uma decisão arbitrária e política em ano eleitoral", afirmou Felipe Carreras.