O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) caiu 3,8% em junho, em relação a maio deste ano, se tornando o menor valor desde abril de 2016.

O indicador registrou 98,3 pontos no mês passado, bem abaixo da média histórica de 108,2 pontos.

O recuo ocorreu pela piora nas expectativas dos consumidores.

Mais brasileiros acreditam que a inflação vai aumentar e o emprego e a renda vão diminuir.

A expectativa em relação a inflação recuou 10,1% em junho em relação ao mês anterior, o indicador do desemprego caiu 8,4% e a perspectiva em relação a própria renda está 4,4% menor.

Quanto menor o dado, maior a parcela dos consumidores mais preocupados.

As variáveis de condições financeiras, que comparam a situação atual com os três meses anteriores, também demonstram um cenário de pessimismo.

O índice de situação financeira caiu 4,5%, enquanto o de endividamento registrou queda de 2,6%.

Quanto maior a queda, pior a situação financeira e maior o número de dívidas.

O INEC representa o sentimento dos brasileiros em relação à situação e às expectativas econômicas das famílias e do país.

Quanto maior o índice, mais otimistas estão os consumidores.

O ápice ocorreu em outubro de 2010, quando o indicador alcançou 120,7 pontos.

O INEC segue a mesma metodologia desde 2001 e é realizado pela CNI em parceria com o Ibope.

Nesta pesquisa, foram entrevistadas 2 mil pessoas em 128 municípios entre 21 e 24 de junho deste ano.