Em passagem pelo Recife para cumprir agenda com o governador Paulo Câmara (PSB), o pré-candidato a presidência da República Ciro Gomes (PDT) veio ao Estado para tentar estreitar os laços com o socialista e assim tentar viabilizar uma possível aliança nacional entre os partidos.

Ao fim do encontro, que contou com a presença do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), do deputado federal Wolney Queiroz (PDT) e do ex-prefeito de Caruaru José Queiroz (PDT), Ciro disse que ainda há tempo para amadurecer a possível aliança entre os socialistas e os pedetistas. “Nós temos um tempo para amadurecer.

Há destinos graves que serão discutidos, o destino de Pernambuco, um dos Estados mais importantes do País, e o destino dessa pátria sofrida que é o Brasil.

Nós temos que costurar isso além de outras questões”, disse.

LEIA TAMBÉM » Ciro Gomes vem a Pernambuco e tem reunião com Paulo Câmara » Ciro e Maia se encontram, mas não fecham decisão sobre aliança » Ciro: mercado é um grupo pequeno de barões que domina a economia » Líder do PT minimiza assédio de Ciro Gomes ao PSB Perguntado se existe contradição a respeito de sua conversa com o DEM e agora com o PSB, e sobre qual das alianças está mais perto de ser viabilizada, o pré-candidato alertou que não se pode ver a política olhando para trás. “Se você olhar a política para trás, a contradição é insuperável.

Entretanto nós temos um País de 207 milhões de pessoas para alimentar, pra empregar, pra vestir, pra tirar da violência e isso não se faz olhando para trás, mas se olhando para o futuro”. “Deus é quem sabe sobre qual aliança está mais próxima (PSB ou DEM)”, afirmou.

O ex-governador do Ceará ainda lembrou de sua relação com o PSB, ressaltando que já foi filiado ao partido. “Nós e o PSB temos uma relação muito extensa, lembre-se que eu fui filiado ao partido.

Portanto, todo nosso entendimento agora é pensando no futuro do Brasil”.

Sobre a longa conversa que envolve o PT e PSB a respeito de uma possível aliança nacional e estadual, Ciro afirmou que isso não é empecilho para sua aliança com o partido de Paulo Câmara (PSB). “Nós somos do mesmo campo (esquerda) e temos uma longuíssima tradição de operar juntos e é muito legítimo que a gente siga conversando.

Lembre-se que aqui no Ceará nós apoiamos o PT, portanto nada mais legítimo do que garantir que esse projeto, que começa com Eduardo Campos, e que é brilhantemente aprofundado e melhorado pelo governador Paulo Câmara, tenha continuidade”.

Ao ser questionado sobre um prazo para esperar a decisão do PSB, Ciro Gomes ressaltou a dinâmica interna do partido e disse esperar. “A dinâmica interna do PSB é brilhante.

O que quer que eles façam e no tempo que eles façam tem meu respeito”, reforçou o pré-candidato que atribui ao PSB “o peso que pode praticamente garantir a minha eleição”.