A saída do PSC do deputado estadual André da Fonte da base aliada do governador Paulo Câmara (PSB) foi um dia depois de o socialista oficializar a “dança das cadeiras” no primeiro escalão para acomodar o PP. “Não concordamos com a prática do poder pelo poder e nem aceitamos um governo que seja refém da barganha”, alfinetou Ferreira na nota em que anunciou o rompimento com o Palácio do Campo das Princesas.

O deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP, reagiu à indireta. “Quem está barganhando é ele uma vaga na chapa majoritária.

Em nenhum momento o PP colocou imposição nenhuma”, afirmou o pepista.

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Nos bastidores, comenta-se que os cargos foram entregues para agradar o partido e evitar rachas por causa da reivindicação por um espaço na majoritária de Paulo Câmara.

Para Eduardo da Fonte, a saída foi precipitada. “Foi uma opção dele de buscar a alternativa da garantia de estar na chapa”, disse, em referência à ida de André Ferreira para o grupo de oposição intitulado Pernambuco Vai Mudar. “Foi uma decisão precipitada”, avaliou. “Principalmente a forma com que ele saiu tratando a Frente Popular.

Não foi elegante.

A Frente Popular sempre tratou ele com respeito e elegância”, criticou.