Estadão Conteúdo - Um dia após o vice-presidente nacional do PSB, Beto Albuquerque, afirmar ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a sigla deveria descartar qualquer tipo de aliança nacional no primeiro turno, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) fez um afago ao antigo colega de partido.
Referindo-se ao ex-deputado como um “amigo querido”, Ciro voltou a dizer que “quer muito” um acordo já na primeira etapa de votação. “Quero muito o apoio do PSB.
Se eu vou conseguir ou não, vai depender de muitos fatores, mas eu quero muito.
E o Beto Albuquerque é um dos amigos queridos que eu tenho lá”, afirmou Ciro, em referência às declarações do ex-deputado.
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Ele condenou o fato de a sigla ter abandonado os planos de uma candidatura própria e afirmou que nenhum dos candidatos colocados até o momento é capaz de unificar a legenda. “Podem fazer as juras de amor que quiserem, não vai adiantar nada.
Nem Ciro, nem Marina, nem Alckmin, nem candidato nenhum entre os que estão aí é capaz de unificar o partido”, disse Albuquerque, na entrevista. “Dado que perdemos a oportunidade de estar nesta eleição com um nome nosso, o partido deveria mesmo é se concentrar na eleição de governadores, senadores e deputados no primeiro turno.” Nos últimos dias, Ciro intensificou as conversas com outros partidos, na tentativa de montar uma aliança ampla para a corrida presidencial.
Além de manter conversas com legendas do chamado “centrão” - como DEM, PP e SDD -, o pedetista reforçou os acenos ao PSB e ao PCdoB.