Em nota divulgada nesta quarta-feira (6), o Palácio do Planalto criticou a investigação da Polícia Federal sobre o Decreto dos Portos. “A investigação da Polícia Federal sobre o suposto benefício do presidente Michel Temer ao grupo empresarial Rodrimar entrou no terreno da ficção policial.
Isso porque, na verdade, o decreto dos portos não trouxe nada em favor da empresa”, afirma o texto.
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Todas as áreas da Rodrimar serão relicitadas » Barroso prorroga investigação sobre decreto dos portos no Supremo A reação foi na semana em que a PF apontou ao Supremo Tribunal Federal (STF) indícios do pagamento de R$ 340 mil mensais a Temer, no fim da década de 1990. “Usa agora planilha encontrada nesses arquivos.
E com base neste documento produz um fantasioso cenário de reconstrução arqueológica, mas está alimentando apenas uma imensa farsa.
Tal planilha já foi renegada pela pessoa que acabou, involuntariamente, anexando esse papel, sem origem e sem autor, a processo de separação”, diz a nota ainda.
Leia o restante do texto: “Para não deixar dúvida em relação ao histórico contido na peça inicial daquela ação, a qual eu não subscrevi, esclareço que os documentos mencionados nela não foram tirados do computador pessoal de meu ex-namorado, o senhor Marcelo Azeredo, mas sim chegaram-me às mãos anonimamente, em envelope fechado, sem identificação do remetente.
Entreguei os tais documentos aos meus ex-advogados para simples análise e não para serem utilizados, já que não tinha certeza nenhuma da verdade do seu conteúdo e da sua origem”, escreveu Érika Santos em 2001, em documento oficialmente anexado ao inquérito.
Passados 17 anos, ela concedeu entrevista à revista Veja.
E disse o seguinte: “Veja - Depois de entregar a planilha à Justiça, a senhora acabou fazendo um acordo extrajudicial com seu ex-marido e desistiu do processo.
Quais foram os termos do acordo?
ES - Não fui eu que entreguei aquela planilha.
Veja - Os seus advogados daquela época disseram que foi a senhora que entregou a planilha… ES - Imagina, eu não estava no Brasil.
Eu estava em Los Angeles.
Esse advogado entregou esse material sem a minha assinatura.
Por isso é que, depois, retirei a ação.
Eu não sei onde ele arrumou aqueles documentos.
Alguém deve ter pago a ele.
Não fui eu.
Ele que montou um monte de documentos.
Ele fez uma ação para me incriminar.
Só me prejudicou”.
Nada mais precisa ser dito sobre esse escândalo digno do Projac, a maior fábrica de ficções do país.