Na teleconferência com os petistas locais, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, soltou uma frase que deixou animada a ala do PT ligada a vereadora Marília Arraes. “Se fosse para fazer intervenção, eu não estaria conversando com vocês”, afirmou, em dado momento.

Para os defensores da candidatura própria, a vereadora tem a melhor causa, de que a militância quer distância dos socialistas locais. “Marília virou notícia nacional.

Todo mundo está falando dela pelo Brasil, aguardando a decisão.

Por isto, não ocorrerá a intervenção.

Hoje, dos 63 deputados federais do PT, ela já tem o apoio da maioria.

Humberto Costa é que está desesperado.

Vendendo o que não existe (aliança com o PSB)” A informação de bastidor de que poderia haver um acordo por parte da cúpula nacional, com Fernando Haddad na cabeça da chapa e o socialista Márcio Lacerda, do PSB de Minas Gerais, também foi refutada.

LEIA TAMBÉM » Não existe clima para uma aliança nacional com o PT, diz presidente do PSB » Em acordo com PSB, PT Nacional quer Márcio Lacerda na vice de Fernando Haddad » Aliada de Marília, Teresa admite conversa entre PT e PSB, mas frisa votação dia 10 » Oposição adia anúncio da chapa para dia 11, um dia depois do PT “Isto é conversa de perdedor.

Se Marília ganhar, não há ninguém que tire a candidatura dela.

Por isto, o Palácio está trabalhando duro para evitar que ela ganhe, abordando os delegados do PT” Ainda de acordo com os aliados de Marília Arraes, não haveria clima em Minas Gerais para essa manobra. “Márcio Lacerda não quer sair da disputa.

Ele acha que Fernando Pimentel está desgastado e o PSDB está desgastado também (denuncias contra Aécio Neves) e ele tem boas possibilidades nestas eleições”, cita.

Lacerda está em terceiro nas pesquisas. » Vitória de Marília Arraes na eleição interna em 10 de junho ajudaria PT Nacional a pressionar Paulo Câmara » PT Nacional sinaliza por aliança com Paulo Câmara » Humberto diz ter ‘número expressivo’ no PT a favor de aliança com PSB » Lacerda, do PSB de Minas, não descarta ser vice de Ciro Gomes Os aliados de Marília Arraes dizem acreditar que o PSB local está com receio de perda de poder nacionalmente. “O PSB de Pernambuco manda no cartório do PSB Nacional.

Há um ano o argentino das pesquisas disse a Paulo Câmara que essa moça poderia batê-lo nas urnas.

No interior, ela agora é chamada de neta de Arraes e a menina de Lula.

Ninguém aguenta isto.

Então, se ela for candidata, ela ganha.

O problema é justamente este.

Se o PSB perder aqui, e o Márcio França (PSB de São Paulo, atual governador) ganhar em São Paulo, Paulo Câmara e Geraldo Júlio perdem o controle do PSB Nacional”, analisa uma fonte ligada ao PT pró-candidatura própria.