Diante da paralisação dos caminhoneiros em todo o país, afetando diversos Estados brasileiros, o arquipélago de Fernando de Noronha, distante 545 km da capital pernambucana, também foi afetado com a crise de abastecimento.

De acordo com a gestão distrital, até este sábado (02), o abastecimento de combustível e gêneros alimentícios estará normalizado na Ilha.

A gasolina chegou a R$ 6,94 na ilha. “A união de esforços entre a Administração Geral da Ilha, Governo de Pernambuco, através do Gabinete de Gerenciamento de Crise, implementado pelo governador Paulo Câmara, além de Capitania dos Portos, Exército e Aeronáutica, possibilitou a resolução da questão do abastecimento no arquipélago em menos de uma semana”, diz a gestão.

Até esta quinta-feira (31), quatro navios irão zarpar do Porto de Suape com combustível, sendo 100 metros cúbicos de óleo para a Usina Tubarão, mais 40 metros cúbicos de combustível para o único posto existente na ilha.

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Segundo a Administração da Ilha, a navegação até o Porto de Santo Antônio, em Fernando de Noronha dura 48 horas e estas embarcações terão prioridade na área de Carga e Descarga do Porto de Santo Antônio.

De acordo com o Administrador Geral da Ilha, Plínio Pimentel, apesar de a paralisação ter sido iniciada no dia 20 de maio, os reflexos do desabastecimento só foram sentidos na Ilha no dia 27, quando o gás de cozinha que estava estocado terminou. “Essa resolução rápida foi possível graças ao empenho de todos que auxiliarem a Administração da Ilha e as empresas que abastecem a Ilha a retomar esse serviço, apesar de todas as dificuldades logísticas encontradas nesta crise”, disse Pimentel.

O Hospital São Lucas e as únicas unidades de ensino de Fernando de Noronha, a EREM Arquipélago e o Centro Integrado de Educação Infantil Bem Me Quer também tiveram seu funcionamento assegurado e a merenda está seguramente garantida.