O deputado estadual Nilton Mota, ex-secretário de Paulo Câmara e agora vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa do Estado, estimou que a mobilização dos caminhoneiros causou, nos primeiros nove dias, uma queda de pelo menos R$ 250 milhões na arrecadação de ICMS em Pernambuco.

Ele responsabilizou a postura do Governo Federal por esse prejuízo. “O combustível subiu mais de 100% neste ano, em comparação à inflação de 3%.

A Petrobras desrespeita os cidadãos”, considerou.

O vice-líder do Governo afirmou também que o Estado “não tem receio de discutir a participação do ICMS no preço dos combustíveis, em Pernambuco e no Brasil”.

Em aparte, o líder do Governo, Isaltino Nascimento (PSB), disse que “cerca de mil caminhões devem ser liberados na estrada de Suape ainda nesta quarta (30), e amanhã o consumo deve começar a ser normalizado”.

A ação do Poder Público estadual na crise foi elogiada pelos governistas Waldemar Borges (PSB), Tony Gel (MDB), Rodrigo Novaes (PSD), Alberto Feitosa (SD) e Zé Maurício (PP).

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Os posicionamentos foram mais críticos em relação à gestão da crise pelo Governo Federal.

Antônio Moraes lembrou que isenções fiscais concedidas pela União já prejudicam os municípios, porque cortam tributos cuja arrecadação é partilhada com as prefeituras.

A situação deve se agravar. “As cidades estão quebradas por equívocos políticos, inclusive do Governo passado.

Agora se propõe a mesma prática com a isenção da Cide”, alertou, em referência ao imposto reduzido pela Presidência da República nas negociações pelo fim da paralisação.

Odacy Amorim lamentou que a população seja a parte mais sacrificada com a política de preços da Petrobras – que, na opinião do parlamentar, não pode ser definida unicamente para garantir lucros à estatal.

O petista anunciou uma audiência pública sobre o aumento do custo dos combustíveis para o dia 18 de junho, quando deve ser debatida a diferença de preço entre Pernambuco e outros Estados. “Não se pode emparedar as pessoas com aumentos diários e achar que elas vão suportar”, afirmou, esquecendo dos prejuízos causados indiretamente a toda população pelo controle de preços no governo Dilma.

Com informações do site da Alepe