Apoiadores da campanha de Marília Arraes na executiva nacional do PT enviaram um presente pra esquentar o debate que vai decidir no dia 10 de junho se o partido terá ou não candidato ao governo de Pernambuco.

Nesta terça-feira, no Recife, grupo de redes sociais de formadores de opinião e militantes receberam um áudio com um forro que serve de jingle para a campanha da vereadora do PT ao governo do Estado.

Ele mistura os nomes de Arraes, Marília e Lula.

De acordo com fontes petistas, no plano nacional, nomes do PT na executiva nacional estariam interessados em turbinar a candidatura de Marília Arraes, de modo a ampliar o cacife do PT junto ao PSB local e nacional.

De acordo com essas fontes, toda a movimentação será discreta, de modo a manter o respeito ao senador do partido, Humberto Costa, candidato a participar da aliança com o PSB na chapa majoritária.

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Se se enfraquece a base do PT local, ai o PSB fica forte nas negociações.

O grande lançe é ter mais poder de barganha com o PSB”, explica.

Caso a candidatura acaba ficando irreversível, é que ninguém explica como será resolvido o impasse. “O risco que corre o pau corre o machado”, comenta a mesma fonte.

O acordo nacional entre os dois paridos é fundamental para o PT por ajudar nas duas coisas mais importantes nesta hora: governadores e deputados.

Pressão de todo lado Nesta quarta-feira, voltaram as especulações de que as conversas entre PT e PSB em Pernambuco evoluíram.

Na manhã desta quarta-feira (30), uma reunião foi realizada por videoconferência do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) nacional do PT com membros do PT estadual.

Na conversa, teria ficado estabelecido que será realizada uma reunião com integrantes do PSB, entre eles o próprio governador Paulo Câmara, para tratar de uma possível aliança entre petistas e socialistas.

De acordo com reportagem do JC, ainda assim, os apoiadores da candidatura de Marília Arraes (PT) ao governo batem o pé e afirmam que nada está definido.

Mas fontes ligadas ao Palácio do Campo das Princesas afirmam que o PT Nacional fez um indicativo claro pela aliança com Paulo e que “ela já está amarrada”. “A conversa serviu para a gente se atualizar da evolução dos entendimentos que a direção nacional tem tido com partidos de esquerda, entre eles o PSB.

Ainda não foi comunicada a decisão nem há retirada de candidatura.

O que encaminhamos é que na próxima semana detalhar mais a possibilidade desdobrada com a participação com a direção de Pernambuco.

Mas houve reunião de governadores do PT com PSB, e a conversa foi um passo a mais, depois Gleisi Hoffmann esteve com a direção do PSB e que isso está evoluindo está”, disse o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro.

Bruno destacou que até o momento segue de pé o encontro do próximo dia 10 de junho, quando 300 delegados devem decidir se o partido vai seguir com candidatura própria ou fazer a aliança.

Caso a aliança concretizada, o senador Humberto Costa (PT) deve ocupar uma das vagas ao Senado Federal na chapa majoritária de Paulo Câmara.