O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) julgou hoje (30/5) a apelação criminal de sete réus da Operação Lava Jato ligados às transações do Grupo Schahin.

O pecuarista José Carlos Bumlai, os sócios do grupo Schahin Salim Taufic Schahin e Milton Taufic Schahin, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o operador Fernando Falcão Soares tiveram as condenações confirmadas.

Apenas um dos réus, Fernando Schahin, que havia sido condenado a 5 anos e 4 meses em primeira instância, foi absolvido.

Bumlai, Milton e Vaccari tiveram as penas mantidas.

Salim, Cerveró e Falcão tiveram redução de alguns meses em suas condenações.

Os fatos Bumlai teria sido o beneficiário de empréstimo concedido pelo Banco Schahin de R$ 12 milhões em 2004, servindo de intermediário para omitir o real destino do dinheiro, que era o Partido dos Trabalhadores (PT).

Em contrapartida, a empresa Schahin Engenharia foi contratada em 2009 pela Petrobras para operar o navio-sonda Vitória 10.000 pelo prazo de 10 anos, prorrogáveis por mais 10, num valor global de 1,5 bilhão de dólares.

Falcão teria intermediado a contratação da Schahin pela Petrobras, Vaccari teria aceitado a vantagem indevida em favor do PT e Cerveró teria atuado para que os valores da propina chegassem ao PT.

Condenações: José Carlos Bumlai: condenado por gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção.

A pena foi mantida em 9 anos e 10 meses de reclusão; Salim Taufic Schahin: condenado por gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção.

A pena passou de 9 anos e 10 meses para 9 anos e 6 meses de reclusão.

Ele fez acordo de colaboração e teve a pena diminuída com cumprimento em regime aberto; Milton Taufic Schahin: condenado por gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção.

A pena foi mantida em 9 anos e 10 meses de reclusão; Fernando Schahin: condenado por corrupção ativa.

Havia sido condenado em 5 anos e 4 meses e foi absolvido pelo tribunal; Nestor Cerveró: condenado por corrupção passiva.

A pena passou de 6 anos e 8 meses para 6 anos, 1 mês e 10 dias.

Ele fez acordo de colaboração e cumpre pena conforme os termos deste; João Vaccari Neto: condenado por corrupção passiva.

A pena foi mantida em 6 anos e 8 meses de reclusão; Fernando Falcão Soares: condenado por corrupção passiva.

A pena passou de 6 anos para 5 anos, 6 meses e 20 dias.

Ele fez acordo de colaboração e deve cumprir pena conforme os termos deste.