Nem bem acabou a greve dos caminhoneiros, as intituladas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, nomes usados pela CUT, braço sindical do PT, estão conclamando a população a participar de mobilizações nesta quarta-feira (30).

No Recife, protesto acontece a partir das 15h desta quarta-feira (30), na Praça do Derby.

A pauta sugere que a CUT planeja pegar carona na pauta dos caminhoneiros, acrescentando-lhe outras sugestões políticas. “Pela redução do preço do diesel, da gasolina e do gás de cozinha, pela mudança na política de preços, em defesa da Petrobras como empresa pública, pela saída de Pedro Parente da presidência da companhia e por eleições livres e democráticas”, listam.

Temer já disse hoje em nota, em resposta ao Congresso, que não volta ao controle de preços.

A Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE) destaca que se posicionou em apoio à greve dos caminhoneiros. “A solução proposta por Temer, que retirará cerca de R$ 5 bilhões dos cofres públicos para diminuir a freqüência de reajuste de preços, que seria mensal durante um ano, não é boa.

A CUT critica a medida e pede a revisão da política de preço, que é o que causou os recentes aumentos e também a demissão de Pedro Parente, atual presidente da Petrobrás”.

O presidente da CUT Pernambuco, Carlos Veras, criticou a gestão de Pedro Parente. “Muito embora, o governo golpista tente transparecer que está buscando soluções resolver a questão por meio de pronunciamentos públicos patéticos, é explícito que as medidas anunciadas são paliativas já que a gestão entreguista da Petrobras adotou uma política de transferência compulsória e imediata dos aumentos internacionais para o mercado interno e de maximização dos preços dos derivados.

O objetivo final é de remunerar os acionistas e colocar a empresa na vitrine das privatizações”, afirmou.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciou uma greve de advertência de 72h, que começou a zero hora desta quarta.

Eles dizem que Petroleiros vêm fazendo assembleias e manifestações há dois meses por mudança na política de preços da Petrobras e o fim da privatização da empresa.