Em nota conjunta, seis centrais sindicais criticaram nesta terça-feira (29) o governo Michel Temer (MDB) pela negociação com os caminhoneiros em greve e aproveitaram o texto para defender a própria atuação. “Ao fomentar a negociação individual e fragmentada – cada estrada tinha uma liderança –, o governo sofreu os danos de não encontrar, no outro lado da mesa de negociação, entidades fortes, representativas e com lideranças centralizadas para negociar as verdadeiras demandas da categoria”, afirmaram as entidades.

A nota é assinada pelos presidentes da CUT, Vagner Freitas; da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força; da UGT, Ricardo Patah; da CTB, Adilson Araújo; da Nova Central, José Calixto Ramos; e da CSB, Antonio Neto. “O impasse da greve dos caminhoneiros e a sua duração são claros resultados da política de desmonte do movimento sindical, implantada e incentivada pelo governo federal.

Reflexo da nefasta reforma trabalhista, o desmonte sindical levou ao impasse e à perda de credibilidade na negociação, visto que o governo buscou, de forma atrapalhada, uma negociação fragmentada”, afirmam as centrais contra a gestão de Temer. “Ressaltamos que o governo federal demonstrou durante a greve dos caminhoneiros inabilidade política, insensibilidade social e incapacidade de realizar uma negociação adequada, como o momento exigia”.

As centrais sindicais declararam também na nota apoio à greve dos petroleiros, prevista para durar 72 horas a partir desta quarta-feira (30).