De acordo com as informações oficiais do Porto de Suape, sete navios estão na área de fundeio na manhã desta quinta-feira (24), número considerado normal.
Até o momento, nenhum navio deixou de atracar.
Em poucos dias, no entanto, se não houver evolução nas negociações com os manifestantes, novos navios poderão ser impedidos de atracar devido à indisponibilidade de área para armazenagem ou falta de carga para embarque.
No momento, 1.800 veículos importados estão no Pátio Público de Veículos 1 e não foram escoados via rodoviária.
O Terminal de Contêineres (Tecon Suape) paralisou a movimentação entre terminais desde terça-feira e não faz nenhuma movimentação rodoviária desde então.
Um volume de aproximadamente 5 mil TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) está parado nas dependências da empresa, por falta de escoamento.
Até o momento, contudo, a escala de chegada de navios no Tecon está mantida, já que a operação portuária de retirada dos contêineres não foi afetada.
Apenas os equipamentos de terra estão comprometidos por falta de óleo combustível.
O armazém e o pátio da Localfrio, que também opera contêineres, estão com volumes crítico em razão da ocupação.
Todas as empresas do porto organizado e embarcações estão impedidas de receber mantimentos, produtos de limpeza, água e até a coleta seletiva de lixo está comprometida.
O terminal da Ultracargo, que armazena produtos de alta periculosidade (butadieno), necessita diariamente de abastecimento de nitrogênio, gás não disponível no porto e que serve para resfriar o sistema de tancagem.
Na terça-feira, os manifestantes permitiram a entrada de apenas um caminhão.
Há produto disponível até amanhã (25).
Há necessidade da entrada de novos veículos para garantir o abastecimento.
O óleo combustível utilizado em geradores convencionais de escolas, postos de saúde, hospitais e afins está impedido de sair do porto.
Gasolina e etanol também não estão deixando os terminais, comprometendo o abastecimento dos postos em toda a região.
Os terminais de tancagem de combustíveis que dependem diretamente do modal rodoviário estão com capacidade entre 73% e 98%.
A Decal, que depende pouco dos caminhões, está com armazenagem em 30%.
No total, a capacidade de tancagem dos terminais está em 67%.
Termoelétricas como a Suape Energia também estão comprometidas, pois não receberão óleo combustível, uma vez que só recebem o produto por via rodoviária.
Toda a carga encontra-se armazenada dentro do porto organizado.
A Bunge Moinho, que armazena trigo, está com os silos praticamente cheios.
Consequentemente, também não estão realizando a distribuição para padarias e indústrias.
Todas as unidades de envase de Gás Liquefeito de Petróleo-GLP (gás de cozinha) que atendem a região estão em Suape e estão com 100% de sua capacidade de armazenagem.
Nenhum produto foi retirado do porto desde a última segunda-feira (21).
O desabastecimento também impacta clientes como hospitais, indústrias, restaurantes, hotéis e prédios residenciais.