A vereadora Marília Arraes, pré-candidata ao governo de Pernambuco pelo PT, defendeu neste domingo (20), após o ato no Recife, que a decisão sobre o partido ter um nome próprio ou fechar aliança com o PSB, tomada no encontro de delegados marcado para 10 de junho, será respeitada pela direção nacional. “O que acontece é uma guerra de nervos”, afirmou, ao ser questionada sobre as últimas conversas de petistas com os socialistas.

Marília alega que as notícias sobre sinalizações entre PT e PSB são para tentar desestimular a militância em relação à sua candidatura.

Para ela, a busca de apoio à reeleição de Paulo Câmara (PSB) foi “sem retorno”. “Eu já tinha falado: Paulo Câmara é muito fraco politicamente para conduzir o PSB nacional para uma aliança como essa”, disse, retomando a declaração dada no programa 20 Minutos, exibido na TV Jornal nesse sábado (19). “A nacional tem reafirmado todos os dias que na verdade essa decisão será tomada aqui em Pernambuco”.

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Após uma visita a Lula na prisão, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, responsável pelo programa de governo petista, afirmou que o ex-presidente pediu que fossem incluídas iniciativas das gestões estaduais e citou a de Paulo Câmara.

Na sexta-feira (18), o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), de quem também dependeria a aliança, esteve no Palácio do Campo das Princesas.

Marília afirmou no seu discurso que os adversários tentam dividir o PT. “Quem está dividido são eles, porque existe um palanque de Temer em Pernambuco dividido entre os que apoiam Temer e assumem essa condição, assumem que estão apoiando todo esse desmonte nacional brasileiro, e existem aqueles que colaboraram para o golpe, que articularam o golpe, junto com Temer, mas que por oportunismo não querem assumir esse papel nesse momento, fingem que nada aconteceu”, acusou o PSB. “Nós somos o palanque que vai fazer a defesa do presidente Lula e muito mais, a defesa do projeto de sociedade que nós conseguimos iniciar depois de 500 anos de história.

Mas eles não aceitam.” Indagada sobre a afirmação do senador Humberto Costa, defensor da aliança com os socialistas, de que teria “número expressivo” de delegados que vão votar no encontro de delegados de 10 de junho pelo apoio ao PSB, Marília Arraes respondeu que eles são “passíveis de convencimento” e que acredita ter a “expressiva maioria”. “Essa tese da aliança não tem sido debatida coletivamente”, afirmou.