Do JC Online O economista Rômulo Maciel Filho, ex-presidente da Empresa Brasileira de Hemoderivados (Hemobrás), faleceu de problemas cardíacos em Lisboa.

A causa da morte teria sido um enfarto fulminante.

Ele tinha 54 anos e deixa três filhos.

A família ainda não divulgou informações sobre velório e enterro.

Rômulo Maciel foi um dos alvos da Operação Pulso da Polícia Federal, deflagrada em dezembro de 2015 para investigar suspeitas de fraudes em licitação e desvios de recursos da estatal.

Algumas operações financeiras foram realizadas próximas ao dia das eleições de 2014 e a PF investigava se os recursos haviam beneficiado campanhas políticas.

A operação ficou marcada porque maços de dinheiro foram arremessados de um dos edifícios situados no Cais de Santa Rita quando a PF chegou ao prédio para buscas e apreensões no apartamento de Rômulo.

Formado em Economia e doutor em Saúde Coletiva, Rômulo trabalhou na fundação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na década de 90.

Servidor da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ele dirigiu por cinco anos o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, no Recife.

Foi ainda assessor do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, quando passou a atuar no Conselho de Administração da Hemobrás. “A comunidade do Aggeu se solidariza com a família e amigos neste momento de dor”, afirmou a Fiocruz.

Em outubro de 2009, foi nomeado pelo ex-presidente Lula para a presidência da Hemobrás, cargo para o qual foi reconduzido pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Em agosto de 2016, meses após ser afastado do posto, Rômulo foi dispensado da função pelo presidente Michel Temer.

Diferente de uma exoneração, a dispensa garantiu que ele continuasse como diretor da estatal até o fim do mandato, em outubro do ano passado.