Pré-candidata ao governo de Pernambuco pelo PT, embora o partido trabalhe em uma aliança com o PSB, a vereadora do Recife Marília Arraes criticou os socialistas em entrevista ao cientista político Antonio Lavareda exibida neste sábado (19) no programa 20 Minutos, da TV Jornal.

Para ela, o partido pode esperar até junho para definir situação no Estado. “Devido ao momento político peculiar que estamos vivendo, acredito que a gente tem tempo para discutir isso daqui para junho.

Antes do São João estaremos com a nossa situação definida”, disse.

Mesmo negando o apoio local, ela defende diálogos nacionais com o PSB, mas acusa o partido de não estar disposto a fazer uma aliança para a disputa presidencial. “Eu acredito que essa discussão sobre uma aliança em Pernambuco vai muito mais do medo que o PSB tem de perder a eleição para o PT do que por um grande acordo nacional, que eles não estão dispostos a fazer.

Paulo Câmara não é forte o suficiente, pelo contrário, é muito fraco politicamente para conduzir o PSB para uma aliança tao importante quanto essa”, disse.

Sobre a aliança estadual, que inviabilizaria a sua candidatura, afirmou: “isso pode ser conversado, mas tenho dito que nós não temos mais o direito de fazer alianças simplesmente conversando, apertando a mão e tirando uma foto bonita depois de se combater durante anos”.

Foto: Diego Nigro/JC Imagem - Foto: Diego Nigro/JC Imagem Foto: Diego Nigro/JC Imagem - Foto: Diego Nigro/JC Imagem Foto: Diego Nigro/JC Imagem - Foto: Diego Nigro/JC Imagem Foto: Diego Nigro/JC Imagem - Foto: Diego Nigro/JC Imagem Marília ainda alfinetou o senador Humberto Costa e o ex-prefeito do Recife João Paulo - que trocou o PT pelo PCdoB com a indefinição entre os petistas se apoiariam ou não o PSB. “Eu tenho muito orgulho que João Paulo e Humberto Costa tenham trabalhado bastante para me trazer para o PT”, falou.

Nos bastidores, os dois são apontados há meses como defensores da aliança com o PSB, embora só na semana passada o senador tenha passado a falar publicamente sobre o assunto.

Apesar disso, considerou que tem mais convergências do que divergências com ambos.

Marília defendeu a manutenção da candidatura do ex-presidente Lula, que pode ser impedido de disputar a presidência, enquadrado na Lei da Ficha Limpa por ter sido condenado em segunda instância. “Esse pleito vai ter um elemento muito mais político do que eleitoral, então muito mais do que se preocupar com números, com nomes específicos, nós temos que fazer uma denúncia do que está acontecendo no Brasil”.