Governo e oposição têm trocado farpas essa semana por causa do processo de cancelamento de parte do projeto de saneamento de Paulista.
De um contrato de R$ 446 milhões, apenas R$ 40 milhões foram empenhados.
Enquanto os aliados do governador Paulo Câmara (PSB) acusam a gestão do deputado federal Bruno Araújo (PSDB) no Ministério das Cidades, o grupo do tucano afirma que a culpa é da gestão estadual, através da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).
Neste sábado, o deputado estadual de oposição Álvaro Porto (PTB) criticou o governo do Estado.
A confusão começou na quarta-feira (16), quando Paulo Câmara foi a Brasília para reunião com o sucessor de Araújo na pasta, Alexandre Baldy, e anunciou que o processo de cancelamento estava em andamento.
O socialista atribuiu a responsabilidade à gestão do tucano, que é um dos líderes do grupo de oposição Pernambuco Quer Mudar.
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A empresa só licitou R$ 19 milhões, recursos que a pasta prontamente autorizou”. Álvaro Porto repetiu os dados do aliado. “Tentou acusar Bruno de só ter repassado R$ 40 milhões de uma obra de R$ 446 milhões.
Ora, mas novamente o erro aí está na Compesa.
Para que o restante dos recursos fosse viabilizado pelo ministério, era preciso que a Compesa apresentasse os projetos e as licenças necessárias para solicitar recursos complementares à Caixa.
Nada disso ocorreu”, disse o deputado estadual. “Pior do que ser ineficiente ou incompetente, é tentar colocar a culpa de seus erros em quem agiu de maneira correta”.